PF prende grupo acusado de “batizar” cocaína

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Um grupo suspeito de movimentar cerca de R$ 5,5 milhões com desvios de produtos químicos e R$ 200 milhões com o tráfico de cocaína foi desmantelado pela Polícia Federal (PF) durante a operação Alquimista. Três pessoas foram presas na manhã de ontem em Curitiba, Ponta Grossa e Joinville (SC). A quadrilha é suspeita de ter desviado seis toneladas de produtos químicos, que teriam sido usados na produção de dez toneladas de cocaína em quatro estados brasileiros.

Um dos detidos é proprietário de uma empresa química com sede em Ponta Grossa. Ele é acusado de vender os produtos químicos para pessoas físicas, o que seria ilegal. Além dos detidos ontem, outros 23 foram presos desde março, quando as investigações começaram.

Segundo a PF, as empresas do ramo têm autorizações para adquirir tais produtos como cafeína, lidocaína, procaína e benzocaína, mas não podem repassar os produtos. Os presos serão indiciados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro. A polícia informou que os produtos químicos eram usados para "batizar" a cocaína. De acordo com a PF, o volume da droga era aumentado com os componentes desviados.

As empresas lesadas eram indústrias químicas e laboratórios farmacêuticos do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Nesses casos descobertos durante as investigações, a Polícia Federal não informou como os desvios ocorriam. As investigações começaram a partir de produtos químicos apreendidos em laboratórios de refino de cocaína.

Ao todo, 3,5 toneladas de produtos químicos desviados foram apreendidos. Também foram apreendidos 50 veículos, dois barcos, armas e R$ 700 mil. Segundo a PF, três imóveis também pertenciam ao grupo.