Atualizado em 1/9/2006 às 19h40
A Polícia Federal (PF) prendeu 21 pessoas suspeitas de integrar uma quadrilha acusada de praticar crimes contra a Previdência Social. No início da manhã desta sexta-feira a PF deflagrou a "Operação Campo Fértil", que cumpriu 21 mandados de prisão e 46 de busca e apreensão em 14 cidades do Paraná, entre elas Maringá, Campo Mourão e Goioerê. A ação da PF teve como objetivo desarticular o grupo que teria dado um prejuízo de R$ 7 milhões aos cofres da Previdência.
Dos 21 presos, 15 foram detidos na região de Maringá (Noroeste) e seis na região de Cascavel (Oeste). A lista com os nomes das pessoas presas não será divulgada por determinação judicial. Apenas as iniciais e uma pequena ficha de cada um foram repassadas pela PF à imprensa.
A operação foi realizada nas Agências da Previdência Social de Maringá, Campo Mourão e Goioerê, assim como, na Gerência Executiva de Maringá e nas cidades de Janiópolis, Apucarana, Lidianópolis, Campina da Lagoa, Nova Cantu, Mandaguari, Mariluz, Moreira Sales, Jandaia do Sul, Marialva, Mamborê, Nova Olímpia e Sarandi. Entre os presos, segundo a PF, estão advogados, contadores, proprietários rurais, servidores da Previdência Social, servidores de Prefeituras, funcionários e/ou membros de Sindicatos de Trabalhadores Rurais e da Câmara Municipal das cidades de Campina da Lagoa, Nova Cantu e Mariluz.
Ação da quadrilha
Segundo a PF, o grupo é acusado de concessão fraudulenta de benefícios previdenciários. As fraudes apuradas contra a Previdência Social consistiam em expedição de Certidão de Tempo de Contribuição CTC falsas; inserção de contribuições previdenciárias inverídicas nos Sistemas da Previdência Social; requisição e concessão de benefícios previdenciários com documentos fraudados.
A organização montava CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) com inclusão de vínculos trabalhistas fictícios; confecção de "holerites" e folhas de pagamento inverídicos; alteração da data do óbito com a finalidade de aumentar os valores gerados a título de atrasados; inclusão de falsos menores dependentes em casos de pensão por morte, entre outros.
A PF suspeita ainda que integrantes do grupo investigado fazia uso do "0800" da Previdência Social para controlar a concessão de benefícios de seus "clientes" e para consultar a liberação da autorização dos valores pagos a título de "atrasados".
Envolvidos no esquema
O esquema, ainda de acordo com a PF, envolvia a participação de 74 pessoas, dos quais 22 são servidores da Previdência Social, sendo sete detentores de cargo de chefia ou função gratificada; três membros de Câmaras Municipais; sete funcionários de Sindicatos de Trabalhadores Rurais e três advogados.
Crimes
Os integrantes do grupo responderão pelos crimes de estelionato, corrupção ativa e passiva e formação de quadrilha. O Ministério da Previdência Social adotará as medidas necessárias para o afastamento dos servidores envolvidos.
De acordo com a PF, a operação é resultado do trabalho da Força-Tarefa Previdenciária composta pela própria PF, Ministério da Previdência Social, Justiça Federal e Ministério Público Federal. A investigação teria começado há aproximadamente oito meses.
A operação conta com 220 Policiais Federais e 32 Servidores da Previdência Social. A ação denominada "Campo Fértil" é uma referência à fertilidade da região do estado onde há incidência de "terra roxa", que propicia excelentes resultados na colheita, em razão do solo basáltico.
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