Belo Horizonte – Quatro pessoas suspeitas de integrarem uma quadrilha especializada em falsificação de documentos foram presas na região central de Governador Valadares, no leste de Minas Gerais. Os suspeitos foram presos na noite da última sexta-feira. Conforme a Polícia Federal (PF), eles negociavam a venda de passaportes falsos do Brasil e de Portugal. Com os presos foram apreendidos dois passaportes (um brasileiro e um português), uma lista com 34 nomes de pessoas que teriam encomendado o documento falsificado, fotos, cerca de R$ 12 mil em dinheiro, cheques assinados em branco e uma pequena quantia em dólares.

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Ponte aérea

Adão Jairo Lopes de Oliveira, de 29 anos, e Hélio de Almeida Ferreira, 25, ambos de Brasília; Pedro Bento Rodrigues, 48 anos, morador de Belo Horizonte, e Lucas Gomes Pinto, 40, de Governador Valadares, foram presos em flagrante na região central da cidade do leste mineiro. Lucas é apontado pela PF como um dos principais falsificadores de passaportes do país. Os documentos seriam enviados para imigrantes brasileiros ilegais na Inglaterra.

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De porte de passaportes portugueses "montados", brasileiros que vivem ilegalmente na Europa costumam tentar entrar nos Estados Unidos. Conforme a PF, Hélio de Almeida captava "clientes" brasileiros na Europa e contava com a intermediação de Pedro Bento para a compra dos passaportes falsos. Eles eram adquiridos por cerca de US$ 1,5 mil cada e revendidos aos ilegais em Londres por aproximadamente US$ 2,5 mil, segundo o delegado Mário Alexandre Veloso.

A PF vinha monitorando o grupo desde o último dia 12, a partir de uma denúncia anônima. De acordo com o delegado, Governador Valadares é o principal centro de falsificações de documentos do Brasil, principalmente em relação a passaportes. "Os melhores falsificadores do País estão aqui", afirma ele.

Os suspeitos foram interrogados na madrugada de sábado e levados para a Cadeia Pública do município. Eles foram indiciados por crimes de falsificação de documento e formação de quadrilha. Um quinto suspeito preso foi liberado após prestar depoimento.