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A Polícia Federal prendeu na manhã de ontem, em Maringá, dois detetives particulares suspeitos de envolvimento no assassinato do auditor da Receita Federal, José Antônio Sevilha de Souza, 45 anos, ocorrido no fim de setembro. Os nomes dos detidos não foram divulgados porque o inquérito corre em segredo de Justiça.

A prisão mobilizou 47 policiais federais e 14 viaturas de Maringá e Londrina, que cumpriram 13 mandados de busca e apreensão em residências e escritórios. Além de possíveis ligações com o homicídio, também há indícios do envolvimento dos presos em casos de extorsão, clonagem de aparelhos de telefone celular e escutas clandestinas.

A operação apreendeu documentos, fitas de áudio e computadores que serão analisados por peritos e podem apontar novos rumos na investigação. "Trabalhamos com todas as possibilidades", diz o assessor de comunicação da Polícia Federal, Celso Secollo.

Extorsão

Entre as linhas de investigação estão crime passional e ligações com o trabalho que Sevilha fazia na Receita. Os detetives também são acusados de procedimento antiético no exercício da profissão. Em casos de adultério, maridos, esposas e amantes seriam extorquidos por eles após a contratação de serviços.

A PF chegou até eles após cruzamento de informações em depoimentos colhidos nos dois meses de investigação. O material apreendido foi condicionado em aproximadamente 20 malotes, será relacionado e analisado por peritos com o resultado ficando pronto na próxima semana. O que estiver relacionado ao caso de Sevilha será incorporado na investigação e os casos de extorsão serão encaminhados à Polícia Civil.

Caso sejam condenados, os suspeitos podem pegar entre 12 e 30 anos por homicídio, de quatro a 10 anos e multa por extorsão, de um a cinco anos e multa por estelionato, de três meses a um ano e multa por violação de segredo profissional e entre dois a 12 anos por interceptação clandestina de comunicações telefônicas.

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