Brasília Quarenta e um integrantes do Movimento de Libertação dos Sem-Terra (MLST) que foram presos depois de participar do quebra-quebra da Câmara dos Deputados foram interrogados ontem e qualificados em seis tipos de crime pela Polícia Federal. Eles responderão por corrupção de menor, danos ao meio ambiente e ao patrimônio cultural, danos ao patrimônio da União, formação de quadrilha e lesão corporal simples e grave, e podem ser condenados a até 20 anos de prisão.
Na saída de seu depoimento, o líder do MLST Bruno Maranhão, se disse injustiçado e reclamou do fato de ter passado a noite em uma solitária no complexo penitenciário da Papuda. Ele também considerou sua prisão arbitrária e argumentou que no momento da baderna ele se encontrava no gabinete do deputado Nelson Pelegrino (PT-BA). Na sua versão, que contraria tudo que foi apurado até o momento pelos policiais, ele estava entre aqueles que tentavam impedir que os mais radicais invadissem o parlamento para promover os atos de barbárie.
"Eu queria evitar a tropa de choque. Eu estava com o deputado Nelson Pelegrino. Eu tirei todo o pessoal de dentro. Se você observar nas fotografias vai ver que somente alguns participaram do quebra-quebra. O pessoal estava com medo da direita", contou, já dentro do camburão que o levou de volta a Papuda.
Apenas os 41 que participaram diretamente da invasão continuarão presos.
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