A Polícia Federal decidiu, nesta segunda (11), entrar nas investigações sobre o ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio, na última quinta-feira (7). Os agentes querem saber se Wellington Menezes de Oliveira teve ajuda de alguém para planejar o crime, que matou 12 crianças mortas.

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Veja imagens do tiroteio na escola municipal em Realengo, no Rio de Janeiro

Veja a linha do tempo sobre o ataque à escola

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"Tudo o que a Polícia Civil nos solicitar terá total e integral apoio da Polícia Federal. Nós queremos estar juntos com a Polícia Civil do Rio de Janeiro, como estamos, na busca de desvendar as causas dessa situação tão triste que atingiu não só o estado do Rio de Janeiro, mas todo o Brasil", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Por volta das 8h30 de quinta (7), Wellington entrou na escola e atirou em salas de aula lotadas. O atirador foi atingido por um policial e se suicidou. Segundo a Secretaria estadual de Saúde, quatro dos dez pacientes, que estavam internados após ataque, tiveram alta nesta segunda.

A cada nova pista, os investigadores tentam entender a mente doentia de Wellington. Numa troca de e-mails entre o atirador e um sobrinho dele, o assassino diz que as religiões só servem para distorcer e ocultar parte das escrituras sagradas. Por telefone, o sobrinho de Wellington contou que o tio sempre enviava muitos e-mails e mencionava um homem que seria uma espécie de orientador.

"Os e-mails que ele me mandava eram muito grandes. Muitas das vezes eu não lia tudo, mas eu lembro de alguns que ele falava que tinha um cara", disse o sobrinho de Wellington.

Quebra de sigilo

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A Polícia Federal fez, nesta segunda, uma cópia da memória do computador de Wellington. A Justiça já autorizou a quebra de sigilo dos e-mails dele. Os investigadores aguardam agora que os provedores de internet repassem as informações.

O atirador tinha, pelo menos, quatro endereços eletrônicos e já se sabe que foi por um deles que o jovem fez contato com o instrutor de tiro Wilson Saldanha, em novembro. Ele estava interessado em aprender a usar um revólver calibre 38, mas acabou não fazendo o curso.

Manuscritos

Na casa de Wellington, em Sepetiba, também na Zona Oeste, foram encontrados manuscritos exibidos com exclusividade pelo Fantástico. Num deles, o assassino cita dois nomes que estariam ligados a um suposto grupo terrorista.

"O momento agora é de verificar se ele estava sozinho e, por isso, a investigação será encerrada no âmbito da Polícia Civil, ou se ele agia em coautoria ou participação de alguém e se existia alguma participação criminosa e aí sim a investigação irá para a Polícia Federal", informou a delegada Helen Sardenberg.

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