São Paulo O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, afirmou ontem que a Polícia Federal (PF) investigará o assalto à presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, e ao vice-presidente, ministro Gilmar Mendes, na noite de quinta-feira. O carro em que Gracie e Mendes estavam foi roubado no trajeto que faziam após o desembarque na Base Aérea do Galeão, no Rio.
O assalto ocorreu por volta das 21h45, nas proximidades da Linha Vermelha. Segundo testemunhas, os assaltantes usaram dois carros para bloquear a via e abordar os motoristas.
Gracie e Mendes haviam acabado de desembarcar no Rio. Os assaltantes obrigaram os ministros a descer do carro um Zafira , que foi levado. No veículo estavam documentos, roupas e objetos das vítimas. O carro foi localizado horas depois. No fim da manhã de ontem, a assessoria de imprensa da Polícia Militar confirmou que dois suspeitos do assalto foram mortos durante confronto.
Os ministros estavam com acompanhamento de escolta de segurança armada em mais dois veículos, "que não intercederam no ato da ação criminosa". O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Precioso, disse que os ministros deveriam ter sido acompanhados pela PF durante a trajetória. "Alguém falhou. O ideal seria ela ter pedido segurança da Polícia Federal", afirmou.
Ellen Gracie disse a pessoas próximas que o assalto foi uma "casualidade", que "pode acontecer em qualquer lugar do mundo". O episódio não deve provocar alterações na segurança da ministra, pois na avaliação de pessoas envolvidas, ela não era o alvo dos criminosos.
Segundo assessores da ministra, foram roubados todos os documentos dela, incluindo RG e cartões de crédito. Uma mala com objetos pessoais também foi levada no assalto. A ministra não estaria carregando nenhum documento do STF no momento do assalto.
Ellen Gracie retornou a Brasília ainda ontem, mas preferiu não comentar o episódio com a imprensa. Ela recebeu telefonemas de solidariedade do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), da governadora do Rio, Rosinha Matheus (PMDB), e dos ministros do Planejamento, Paulo Bernardo, da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, além de ministros do STF.
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