A Polícia Federal vai instaurar inquéritos para investigar a suposta prática de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro por parte dos policiais civis e advogados envolvidos na tumultuada prisão do traficante Nem, na semana passada. Serão investigados o delegado da 82ª DP (Maricá), Roberto Gomes Nunes, o inspetor Mussi, da mesma delegacia, e o inspetor Figueiredo, da Subchefia Operacional da Polícia Civil.

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Eles tentaram levar o bandido para a 15ª DP (Gávea), e não para a sede da PF, como queriam os PMs do Batalhão de Choque que prenderam o traficante. O inquérito da PF vai correr paralelamente ao aberto pela Corregedoria da Polícia Civil para apurar o caso. Semana passada, o delegado Fernando Veloso, subchefe operacional da Polícia, afirmou que havia uma negociação com os advogados de Nem para que ele se entregasse.

Na quinta, o Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil no Rio (OAB-RJ) suspendeu preventivamente os três advogados flagrados levando Nem no porta-malas de um carro, quando o bandido foi preso. Os 60 integrantes do tribunal foram unânimes na decisão, que impede o exercício da profissão pelo prazo de 90 dias. Um processo disciplinar decidirá a punição a ser aplicada aos advogados: ela vai de advertência até a expulsão. Os três terão direito a defesa. Dois dos advogados estão presos, acusados de corrupção ativa, por supostamente terem tentado subornar os PMs.

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