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Rio de Janeiro – O PFL ameaçou ontem romper o acordo de composição formal de chapa com o PSDB para a Presidência da República, deixando de indicar o vice de Geraldo Alckmin, caso os tucanos mantenham resistência a alianças em pelo menos oito Estados. Contrariado com o lançamento da candidatura do deputado Eduardo Paes (PSDB) ao governo do Rio de Janeiro, o prefeito da capital fluminense, Cesar Maia, foi o porta-voz do alerta, que representaria uma perda de cerca de seis minutos diários do tempo de Alckmin em rádio e tevê. À mesa com Alckmin, durante seminário do PFL sobre política externa, Maia constrangeu o tucano ao pregar a possibilidade de o PFL ficar fora da chapa para ampliar a bancada, embora mantendo apoio informal à candidatura.

Com ironia, Maia sugeriu que talvez "melhor seja que o PFL não tenha candidato a vice". E, com isso, tenha "maior flexibilidade, para montar alianças e oferecer a Vossa Excelência (Alckmin) uma bancada com mais dez ou 12 deputados", discursou. "Se na discussão com o PSDB chegarmos a essa conclusão, devemos priorizar a maximização da nossa bancada, que é o melhor serviço que podemos fazer para seu governo", prosseguiu.

Ontem, pela manhã, ao desembarcar no Rio, Alckmin chamou de naturais as dificuldades com o PFL, chegando a afirmar que era "o único candidato com aliança entabulada". Antes de ouvir Maia, minimizou: "Estive com Fernando Henrique (Cardoso). Os problemas são os mesmos". O ex-governador deixou o seminário afirmando que é possível compatibilizar bancada e participação na chapa.

A declaração de Maia irritou o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati (CE), que descredenciou o prefeito do Rio como interlocutor do PFL e chamou, por duas vezes, a hipótese de fofoca.

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