Brasília e Curitiba O deputado federal Eduardo Sciarra, do Paraná, foi eleito ontem vice-presidente nacional do Democratas (DEM) o antigo Partido da Frente Liberal (PFL). Ele é o único paranaense na cúpula nacional do novo partido.
A mudança no nome e no comando da legenda aconteceu nesta quarta-feira, em convenção nacional do partido, realizada em Brasília.
A presidência do DEM ficou com o deputado federal Rodrigo Maia (RJ), ex-líder do PFL na Câmara dos Deputados, que assume o lugar do ex-senador Jorge Bornhausen (SC).
Os ex-pefelistas também elegeram a nova executiva nacional e aprovaram a criação de 14 vice-presidências que vão dividir com Maia as articulações no comando do DEM.
Apesar das 14 vice-presidências, o paranaense Sciarra ficou com a mais importante, a nacional. Ele ocupará o segundo cargo mais alto do partido, atrás apenas de Maia. A vice-presidência nacional será responsável pela área econômica.
"É uma posição de destaque, de grande importância, à qual pretendo dedicar-me com todas as forças", disse Sciarra.
Diferenças
Sciarra explicou que a principal diferença do PFL para o Democratas será a aproximação da legenda com a população. "Saímos de um PFL elitista, conservador, para um Democratas mais próximo do cidadão, da população", disse ele.
O deputado paranaense afirmou que a idéia é desenvolver ações sociais e defender os princípios sociais. "Estamos bem longe do conservadorismo e do populismo", completou. "Vamos dar uma abertura maior a uma nova geração de lideranças que possuam visão crítica quanto ao governo populista atual e apostem em mudanças para o país."
O que não vai mudar no novo DEM, explicou Sciarra, é a doutrina liberal e a visão reformista. Para o parlamentar, as reformas tributária, trabalhista, previdênciária e política são essenciais para o país. "Mas para implementar as reformas é extremamente necessário que o atual governo diminua os gastos públicos", disse o vice-presidente da sigla. "Continuamos achando que, para a viabilidade do país, é necessário democracia, justiça social e prosperidade econômica o tripé de sustentação que o governo federal vem deixando de lado", afirmou.
De acordo com o deputado federal, um dos maiores desafios do partido será buscar novas lideranças para concorrer às eleições municipais de 2008. Os democratas querem lançar candidatos em todas as cidades com mais de 100 mil habitantes. A etapa seguinte seria emplacar um nome forte para concorrer à presidência em 2010.
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