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Dois lotes de leite de caixinha e um de requeijão da marca Piá foram retirados do mercado por supostamente conterem álcool etílico. Empresa nega irregularidade | Reprodução / internet
Dois lotes de leite de caixinha e um de requeijão da marca Piá foram retirados do mercado por supostamente conterem álcool etílico. Empresa nega irregularidade| Foto: Reprodução / internet

Dois lotes de leite de caixinha e um lote de requeijão foram recolhidos de supermercados e outros estabelecimentos da Região Sul pela Cooperativa Piá, do Rio Grande do Sul, na última semana. A ação foi realizada depois que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontou para a presença de álcool etílico na matéria-prima utilizada para fabricar esses produtos. As caixas de leite UHT integral que estariam com problemas foram envazadas em 26 de junho de 2014, com data de validade até 26 de outubro de 2014, e são dos lotes L02/2 e L2-3. Já as latas de 200g com o requeijão supostamente adulterado foram fabricadas em 30 de junho de 2014, tem data de validade até 30 de setembro de 2014 e fazem parte do lote L2.

A informação da retirada das gôndolas foi confirmada nesta terça-feira (5) pelo gerente industrial da Cooperativa Piá, Ayrton Belo. Ele enfatizou que a empresa recolheu todos os produtos questionados que estavam à venda na última semana e submeteu amostras a laboratórios próprios e a particulares - estes últimos seriam inclusive credenciados ao Mapa. Segundo ele, nenhuma irregularidade foi encontrada nos testes. "O álcool não é utilizado em nenhuma etapa da fabricação dos produtos da Cooperativa Piá. A empresa tem 3,5 mil produtores próprios, não teria nenhum benefício ou lucro em fraudar ou adulterar qualquer etapa."

Belo enfatizou que cerca de 5% do lote de leite questionado pelo Mapa pode ter sido enviado a supermercados e outros estabelecimentos do Paraná. Esse percentual corresponde a cerca de 6 mil litros do produto, segundo ele. Mas o chamado recall (retirada de produtos das prateleiras) foi apenas em nível de mercado – não estão mais à venda final. Um próximo passo seria determinar o recall a nível de consumidor. Isso envolveria a publicação de materiais como notas e anúncios em meios de comunicação para orientar compradores a não consumir o leite e o requeijão, caso tenham adquirido os produtos antes da retirada do mercado.

O gerente da empresa informou que a necessidade de tomar esse segundo passo será questionada pela companhia junto ao Mapa. O Mapa, por sua vez, via assessoria de imprensa, disse que ainda aguarda o julgamento do pedido de recall a nível de consumidor pelo Ministério da Justiça, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Ministério chegou a interditar posto de refrigeração da cooperativa

Em nota, o Ministério da Agricultura relata que a constatação de álcool no leite cru ocorreu em um posto de refrigeração da cooperativa em Vila Flores, na região de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul. O Serviço de Inspeção Federal interditou o local no dia 15 de julho por constatar a presença do elemento estranho. "A presença dessa substância no leite [álcool etílico] é considerada fraude, pois mascara a adição de água." A mesma nota diz que o posto teve as atividades normalizadas no dia 21 de julho, depois de colocar em funcionamento ações para corrigir o problema e garantir a qualidade do produto.

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