A Promotoria de Investigações Criminais (PIC) de Londrina acredita ter feito nesta segunda-feira a maior apreensão de crack puro do Paraná. A droga pesava 35,5 quilos e estava em 33 bexigas, separadas em pequenos pacotes de aproximadamente 10 gramas, pronta para a venda. Nove pessoas foram presas: seis homens e três mulheres. As informações são do repórter Marcelo Frazão, do Jornal de Londrina.
Durante todo o dia, policiais civis, militares e promotores fizeram buscas em residências nos Jardins Sabará e Colúmbia, zona oeste de Londrina, onde o grupo foi preso junto com as drogas. Um dos membros do grupo, Luciano Ferreira da Silva, estava com uma BMW, que foi recolhida junto com duas motos usadas por outros integrantes. Foram encontrados ainda R$ 7 mil em dinheiro, em notas de R$ 10 e R$ 50. O dinheiro apreendido será depositado no Fundo Nacional Anti-Drogas do Ministério da Justiça. Os outros bens devem aguardar a sentença final para serem leiloados, se for comprovado que foram adquiridos com dinheiro proveniente do tráfico de drogas. Após o flagrante, todos os detentos seriam removidos para a carceragem da Polícia Federal (PF).
Cada quilo de crack puro custaria R$ 9 mil na origem. O total poderia render ao grupo até R$ 1,7 milhão se vendidos diretamente aos usuários.
A operação começou pela manhã, quando a PIC cercou residências em busca dos suspeitos, que acabaram detidos em duas casas de médio padrão. Na abordagem, um dos traficantes conseguiu fugir de moto le-vando sete quilos da droga, mas à tarde o homem foi capturado.
"Estávamos na investigação há dois meses com o objetivo de cortar parte do fluxo dessa droga na cidade", afirma o promotor Leonir Batisti, coordenador da PIC. Batisti destaca que entre os traficantes presos está José Litra, que atuaria no ramo das drogas há mais de dez anos. "O restante faz parte de uma cadeia de pessoas que entravam com o dinheiro e que revendiam o crack, com diferentes níveis de responsabilidade", sustenta.
O promotor afirma que as investigações continuam, com o objetivo de descobrir possíveis ramificações da quadrilha. A PIC não tem informações se o grupo vendia outros tipos de drogas ou tinha envolvimento com outros ilícitos. A droga provavelmente foi trazida de Foz do Iguaçu, de acordo com as suspeitas dos agentes da PIC.
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