Uma quadrilha especializada em roubos de cargas de medicamentos foi desbaratada pela Promotoria de Investigações Criminais de Londrina (PIC). O grupo foi pego em flagrante na noite da última quarta-feira, quando um caminhão roubado foi localizado enquanto abastecia em um posto de combustível, na esquina da Leste-Oeste com Avenida Dez de Dezembro. Na carroceria, havia uma carga de remédios roubados de uma distribuidora de Ponta Grossa, estimada em R$ 280 mil.
No caminhão, foi preso o motorista Aldair Luiz. Em um carro utilizado como escolta, estavam Henrique Acer dos Santos e os irmãos Ailton Adriano Lopes (conhecido como Orelha) e Marcio Gonçalves Lopes, este último apontado como o líder londrinense da quadrilha.
Segundo o promotor da PIC, Cláudio Esteves, a movimentação da quadrilha era monitorada há mais de dois meses. O grupo é acusado do roubo de, pelo menos, duas cargas nos últimos meses. De acordo com Esteves, dia 27 de março, a PIC já investigava o roubo de uma carga pertencente à empresa distribuidora de medicamente Santa Cruz, de Londrina. O material já foi distribuído em farmácias das cidades de Lapa e Castro. "Conseguimos um mandado de busca e apreensão e prendemos o proprietário da farmácia por receptação".
A segunda carga, recuperada na quarta-feira, foi roubada dia 8 de maio. A mercadoria pertencente a uma empresa de Ponta Grossa cujo nome não foi divulgado - foi trazida para Londrina. A suspeita é de que a mercadoria seria encaminhada para o estado de São Paulo. "Por essa razão, acreditamos que a quadrilha tem contatos em São Paulo", disse Esteves.
O promotor também informou que o grupo é bem articulado e que possui mais integrantes que ainda não foram presos. Esteves destacou que Márcio Gonçalves Lopes atuava de forma inteligente e evitava estar próximo dos objetos roubados e não participava ativamente das ações. "Ele tinha um grupo para roubar. Eles são considerados violentos e deixaram um motorista de caminhão refém durante várias horas", completou.
Além da localização do esconderijo das cargas em Londrina, a PIC ainda deve investigar o funcionamento da quadrilha. Esteves acredita que a ação deles não se limitava ao Paraná e os ladrões também interceptavam cargas no estado de São Paulo.