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Pedofilia

PIC recorre da decisão judicial

A Promotoria de Investigação Criminal (PIC) vai recorrer da decisão judicial que permitiu a 22 policiais civis, suspeitos de envolvimento numa rede de pedofilia, responder a processo em liberdade. Eles são acusados de explorar prostituição infantil e extorquir dinheiro de empresários, atraídos por agenciadores de programas sexuais com crianças e adolescentes oferecidos pela internet. Segundo a decisão, houve excesso de prazo – eles ficaram mais de 81 dias presos e não foram julgados, o que é ilegal. A decisão é da juíza Ana Lúcia Lourenço, que estendeu o benefício a dois foragidos, o delegado Edson José Costa e Emerson Keppen Santos.

Segundo a PIC, a demora se justifica pela complexidade do caso, que envolve delegados, escrivães, investigadores e outras pessoas em crime hediondo. A maioria foi investigada e presa na operação Navalha da Carne, da Corregedoria da Polícia Civil. Eles são processados por concussão, extorsão, formação de quadrilha, corrupção, exploração sexual infanto-juvenil, corrupção de menores, estupro e atentado violento ao pudor. Na semana passada, o Ministério Público Estadual ofereceu nova denúncia contra outras duas novas pessoas: um delegado e uma mulher, subindo para 28 o número de processados - entre elas 24 policiais civis. O processo corre em segredo de Justiça.

O grupo é acusado de 11 crimes em Curitiba entre o início de 2005 e abril de 2006. Uma mulher, amiga de policiais, arrumaria adolescentes para encontros com clientes. Nos encontros, eles eram flagrados por policiais (fotografados e filmados) e depois chantageados. O programas eram oferecidos em salas de bate-papo na internet.

Além da ação penal, os policiais respondem a processo disciplinar - eles podem ser expulsos da instituição. Eles ficarão afastados até o julgamento da ação.

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