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Vandalismo

Pichação é recorde na capital

Muro do Colégio Algacyr Maeder havia sido recém-pintado: vandalismo feito por gente conhecida | Felipe Rosa/Gazeta do Povo
Muro do Colégio Algacyr Maeder havia sido recém-pintado: vandalismo feito por gente conhecida (Foto: Felipe Rosa/Gazeta do Povo)

Até julho de 2012, a Guarda Municipal (GM) contabilizou 564 ocorrências envolvendo pichação, contra 714 em todo ano de 2011. Se seguir nesse ritmo, com uma média de 81 casos por mês, a capital paranaense terminará esse ano com 972 ocorrências – o que equivale a 36% a mais que o ano anterior. Apenas nos primeiros nove dias de agosto, a Guarda foi acionada em 26 situações.

Segundo a GM, foram apreendidas 119 pessoas em flagrantes até agosto deste ano. Em 2011, foram 199. A pichação é um crime previsto no artigo 65 da Lei de Crimes Ambientais e o flagrante prevê pagamento de multa administrativa de R$ 714,20. "Caso a pessoa não pague, ela ficará em dívida ativa com o município. Muitas pessoas optam por parcelar essa dívida", afirma o coordenador do centro de operações da Guarda Municipal, Sicarlos Pereira Sampaio.

De acordo com ele, as denúncias são a principal arma para combater as pichações. "É muito difícil conseguirmos flagrar um caso de pichação sem ajuda da comunidade. As pessoas podem ligar a qualquer hora e fazer a denúncia. O anonimato é garantido", assegura Sampaio. O telefone da Guarda Municipal é o número 153.

A Guarda Municipal possui 116 câmeras de monitoramento instaladas na cidade, das quais 43 estão no anel central. "As câmeras são ferramentas importantes contra qualquer tipo de vandalismo", diz o coordenador. De acordo com ele, assim que as câmeras localizam atitudes suspeitas, a informação é imediatamente repassada às equipes táticas, que se dirigem aos locais apontados.

No entanto, os casos registrados pela Guarda Municipal são apenas aqueles em que as equipes conseguem atuar e os que as pessoas denunciam. "Muitos deixam de denunciar por medo de ter de se identificar, porém a gente não pede o nome de ninguém. A população não precisa ter esse receio", reforça Sampaio. A cada ano a Prefeitura de Curitiba gasta cerca de R$ 1 milhão na reforma de patrimônios públicos alvos de pichação.

Vandalismo na escola

No último final de semana, o Colégio Estadual Professor Algacyr Munhoz Maeder, no Bairro Alto, sofreu com a ação de vândalos. A equipe pedagógica desembolsou R$ 2 mil da Associação dos Pais e Mestres da instituição e pintou os muros no sábado para melhorar o ambiente de trabalho. No entanto, logo na madrugada do dia seguinte pichadores acabaram com o trabalho realizado.

A diretora Yasodara Haya­chi afirma que já tem conhecimento de alguns autores da pichação. "Sabemos que parte do vandalismo foi realizado por alunos e ex-alunos", indigna-se. Ao todo o colégio abriga 1,4 mil estudantes. "É preciso que eles tenham consciência que pichar não é arte, é vandalismo", ressalta.

De acordo com ela, deverá ser realizado em breve um mutirão para limpar o muro. "Vamos envolver todo mundo, especialmente os alunos. O objetivo é que eles aprendam na prática o que não deve ser feito", afirma a diretora. A limpeza deve ocorrer durante a Semana Cultural, que será realizada em setembro pelo colégio.

Serviço

As pessoas podem denunciar casos de pichação a qualquer hora do dia através do telefone da Guarda Municipal 153.

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