O promotor de Justiça Salvari José Dias Mâncio, da Vara de Adolescentes Infratores de Curitiba, esteve nesta sexta-feira (24) no Colégio Estadual Francisco Zardo, em Santa Felicidade, para verificar a qualidade do trabalho dos 11 adolescentes e jovens que foram obrigados a pintar os muros e paredes da escola.
O grupo pichou na noite de 8 de fevereiro todas as dependências do colégio, que havia sido pintado recentemente, para o início do ano letivo. O reparo do dano que causaram foi a medida sócio-educativa proposta pelo Ministério Público para que pagassem pelo ato de vandalismo. Os pais e responsáveis pelos adolescentes também foram obrigados a participar da pintura, que começou na segunda-feira (20).
Além de realizar o serviço, segundo informações da assessoria de imprensa da Promotoria, cada um deles contribuiu com R$ 50 para a compra das tintas, dinheiro que foi gerenciado pela direção da escola. De acordo com o promotor e com a diretoria do colégio, os trabalhos foram feitos a contento. Apenas um dos responsáveis pelas pichações não realizou a medida nem pagou os R$ 50. Kaoê Becari, maior de 18 anos, responderá criminalmente pelos danos que causou, podendo inclusive ter prisão preventiva decretada pela Vara de Inquéritos Policiais
Dos onze infratores, nove são adolescentes. Por conta do ato de vandalismo, eles também ficarão em "liberdade assistida" durante seis meses, período em que serão monitorados por equipes técnicas do Juízo da Infância e Juventude, com o objetivo de refazer vínculos familiares, escolares e para encaminhamento profissional. O promotor alerta aos diretores de escolas da capital que não tolerem impunemente as pichações e atos similares.