Pilotos da Gol dizem que as condições de trabalho estão piores do que na época do caos aéreo de 2006 e que absurdos têm ocorrido. Um deles admitiu que chegou a cochilar em alguns voos por causa do cansaço excessivo. "Os comissários também estão sendo afetados. Em um caso de emergência também terão desempenho comprometido no auxílio aos passageiros", diz, pedindo anonimato.

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Tripulações com apenas três comissários, o que só seria permitido em casos emergenciais, e aviões pilotados por dois comandantes e não um comandante e um copiloto também seriam situações irregulares frequentes.

Dados do Sindicato Nacional dos Aeronautas mostram que 162 comissários, pilotos e co-pilotos foram desligados da Gol de janeiro a julho deste ano. "Está havendo uma debandada de pilotos para outras companhias e isso piora ainda mais a situação da Gol", afirma um piloto.

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Pesquisa

Em um blog que serve de palco de discussões do movimento de greve, uma pesquisa de opinião perguntou aos funcionários o que mais incomoda na Gol. Entre 1.075 votos dados até o fim da manhã de ontem, o salário (65%) foi o item mais votado, seguido da escala de voo (49%) e da falta de perspectiva profissional (38%). Uma pauta de reivindicações publicada nesse mesmo blog pede, até o dia 10, escalas que respeitem a legislação, um aumento de 25% no salário dos tripulantes e a dissolução da vice-presidência técnica atual, hoje comandada por Fernando Rockert, "que não estaria representando os interesses de pilotos e comissários."