Campo Grande – Em depoimento prestado ontem ao delegado Diógenes Curado, da Polícia Federal, o piloto Tito Lívio Ferreira e o dono da empresa MS Táxi Aéreo, Arlindo Dias Barbosa, afirmaram que foram contratados por Valdebran Padilha para levá-lo de São Paulo a Cuiabá, onde supostamente seria comprado dossiê contra políticos do PSDB. Os depoimentos foram feitos na sede da Polícia Federal de Campo Grande (MS).

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Curado é da PF de Cuiabá e veio a capital de Mato Grosso do Sul apenas para colher o depoimento dos dois, cujos nomes surgiram a partir da quebra do sigilo telefônico de outros acusados de envolvimento no escândalo.

O primeiro a depor foi o piloto. Tito Lívio disse que estava em São Paulo, onde foi levar um avião para manutenção, quando foi avisado por Barbosa de que deveria procurar Valdebran para transportá-la até Cuiabá. Ele disse ter ligado três vezes para o telefone informado, mas não houve contato.

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Por volta das 16 h do dia 13 de setembro, segundo Tito Lívio, Valdebran, que é filiado ao PT do Mato Grosso, teria ligado para o seu celular perguntando se seria ele (Tito) o piloto que o levaria para a capital de Mato Grosso. O piloto respondeu que sim e disse que poderia voar a hora que Valdebran quisesse. Foi quando Valdebran perguntou quanto tempo levaria do aeroporto de Congonhas, em São Paulo, até o aeroporto de Campo de Marte, também na capital paulista, de onde ele seguiria para Cuiabá. "Respondi que levaria de 30 a 40 minutos", disse o piloto.

O empresário Arlindo Barbosa também disse ao delegado Diógenes Curado que foi Valdebran que ligou pedindo um orçamento para um vôo de São Paulo a Cuiabá. O empresário pediu R$ 18 mil, mas Valdebran não teria retornado mais para confirmar o serviço.