Os pilotos do voo 447 da Air France evitaram zonas de turbulência na noite em que ocorreu o acidente no Oceano Atlântico, em 2009, afirmou a rádio francesa Europe 1, citada pela Rádio França Internacional (RFI) em seu site nesta quinta-feira.
O Escritório de Investigações e Análise para a Aviação Civil (BEA, na sigla em francês) não se pronunciou sobre a informação, mas o governo teria pedido ao órgão que antecipe a divulgação do primeiro relatório de análise das caixas-pretas, resgatadas neste mês, informa a RFI.
O Airbus 330 partiu do Rio de Janeiro e seguiria até Paris, porém caiu no Oceano Atlântico e todas as 228 pessoas a bordo morreram, em 1º de junho de 2009. Segundo a RFI, as primeiras análises das caixas-pretas mostram que os pilotos da aeronave evitaram áreas de turbulências comuns na zona de convergência tropical, entre a África e a América do Sul.
Na terça-feira, matéria do jornal francês Le Figaro apontava a hipótese de uma falha humana ter causado o acidente. Mas, no mesmo dia, o BEA negou oficialmente que a audição das caixas-pretas tenha permitido descartar a responsabilidade da Airbus, fabricante da aeronave.
Nos próximos dias, uma nova equipe do navio Ile de Sein partirá de Dacar, no Senegal, em direção à região do acidente, onde retomará os trabalhos de buscas de peças do Airbus e dos corpos. A missão principal da equipe é recuperar as peças, que podem esclarecer as causas do desastre, informou Jean Quintard, procurador-adjunto do caso.
Nesta quinta-feira, o executivo-chefe da Air France, Pierre-Henri Gourgeon, afirmou que as informações iniciais com os registros de voo da aeronave eram "totalmente as esperadas". Gourgeon disse que sua companhia "não previa que o exame das gravações fosse revelar qualquer problema de funcionamento" da aeronave. "Nós já tínhamos todas as mensagens que foram transmitidas do avião indicando o que aconteceu", explicou.
Os dados transmitidos pela aeronave durante o voo apontavam para um problema nos sensores de velocidade, o que pode ter contribuído para o acidente. Porém, a conclusão inicial da análise do material das caixas-pretas não aponta para nenhuma falha técnica importante.
A Airbus e a Air France já tomaram medidas preventivas para evitar novos problemas desde o acidente, segundo Gourgeon. A Air France instituiu novas operações de procedimento e reforçou o treinamento dos pilotos. O executivo-chefe da companhia reconheceu, porém, que mais informações podem ainda aparecer nas investigações, e se necessário mais recomendações serão tomadas pela empresa. As informações são da Dow Jones, com agências internacionais.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião