O pintor de carros Sidney Aparecido de Oliveira Brito, de 31 anos, foi preso em flagrante acusado de agredir e matar a própria filha, de 5 anos, na noite deste domingo (18), segundo o delegado Alfredo Pinto de Souza, assistente do 100º DP, no Jardim Herculano, na Zona Sul de São Paulo. Além disso, ele é suspeito de agredir a mulher, a dona de casa Deiziane Rosa da Silva, de 24 anos. As agressões ocorreram na residência do casal, no Jardim São Francisco.
Sidney nega a agressão à filha, alegando que ela tinha problemas de saúde e que se feriu sozinha quando ele e a mulher "saíram para tomar cerveja". "Minha filha tem problema. Ela fica nervosa, se joga", afirmou, bastante nervoso e gaguejando.
Deiziane confirmou que a filha foi agredida pelo pai, com quem vivia havia três anos e conhecia havia oito, na noite de domingo. "Sim, agrediu. Ele a agredia às vezes", disse ao G1, depois de prestar depoimento na delegacia. E afirmou que ele havia bebido muito antes de agredi-las.
Segundo a mãe, a menina já estava praticamente morta quando a polícia foi até a residência do casal depois de ter sido acionada por uma vizinha. "Ela chamou a polícia porque estávamos brigando. A polícia chegou a ir lá à noite, por volta da meia-noite e pouco, quase 1h. Nessa hora ela já estava quase morta. Estava gemendo, mas estava gelada", contou.
Percebendo que a filha estava em estado grave, o pai tentou reanimá-la, mas em vão. "Apertei ela em vários lugares, na barriga, para tentar animá-la", revelou Sidney. A versão da mãe, no entanto, é diferente. "Ele jogava ela como se fosse uma boneca de pano e apertava ela no pescoço. Quando ele percebeu que ela parou de respirar, ele resolveu levá-la para o hospital."
A criança foi levada para o Hospital Regional Sul, onde já chegou morta. O pai disse aos médicos que a criança tinha caído da cama, segundo a mãe.
Deiziane disse que fez o que pôde para impedir as agressões à filha. "Tentei impedi-lo, fiquei desesperada, chorava muito, mas ele não parou. Segundo ela, o casal tem outra filha, de 3 anos, apontada pela mãe como o xodó do pai. "Com essa de 3 (anos), é o maior chamego. A outra (de 5 anos) ele não aceitava, porque ela tinha problemas. Ela tinha convulsões e dificuldade para falar. E ele não aceitava isso, de jeito nenhum", afirmou.
A preocupação de Deiziane agora é com o futuro. "Só quero que os meus pais me aceitem porque não tive culpa de nada. Estou na mão de Deus. Vou voltar para a casa deles", contou sobre os pais, que moram na Bahia.
O delegado Alfredo Pinto de Souza disse que o pai foi autuado em flagrante por agressão corporal e por homicídio doloso (quando há a intenção). "Ele já tem um histórico de agressão à filha", disse. À polícia e ao portal G1, Sidney confimou que deu "um tapa" na mulher, depois de uma briga.
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