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Crime ambiental

Pintor pede desculpas por pichar o Cristo

Rio de Janeiro - O pintor de paredes Paulo Souza dos Santos, 28 anos, se apresentou ontem pela ma­­nhã na Delegacia de Proteção do Meio Ambiente do Rio de Janeiro e admitiu ter pichado a estátua do Cristo Redentor na semana passada. Segundo a delegada Juliana de Amo­rim, ele foi indiciado por crime ambiental e injúria por preconceito, mas vai responder ao inquérito em liberdade e deverá prestar serviços comunitários pelo crime. Santos foi liberado no final da tarde, depois de prestar depoimento durante quatro horas, e pediu desculpas à população.

"Eu fui só fazer um protesto. Não imaginei que causaria essa repercussão toda. Peço perdão à toda população do Rio, do Brasil e do mundo", disse. "Não sou nenhum nazista, não tenho preconceito contra religiões, até porque eu sou católico. Não sou bandido, não sou marginal, sou um pai de família, sou um ex-militar com um comportamento ótimo." Ele se apresentou espontaneamente, já que as câmeras de segurança do Corcovado estavam desligadas.

Segundo a delegada, a assinatura usada por Paulo já foi encontrada em vários monumentos e nos túmulos do comunicador Chacrinha e do jornalista Irineu Marinho. "Nas suas declarações ele alegou que não foi um ato discriminatório a qualquer tipo de religião. Ele afirma que cometeu essa pichação, reconheceu que uma das assinaturas é sua e apontou o seu companheiro nessa empreitada", afirmou a delegada Juliana de Amorim.

Santos nega ter pichado os túmulos e disse que a ideia de pichar a estátua do Cristo surgiu para protestar contra o desaparecimento de pessoas no Rio, como nos casos de Priscila Belford e da engenheira Patricia Amieiro Franco, que segundo ele, caíram no esquecimento. Ele admitiu que Zabo, como é conhecido o segundo suspeito Edmar Batista de Carvalho, 26 anos, também participou do crime. Zabo deverá se apresentar na segunda-feira à polícia. Durante o depoimento, Santos estava acompanhado do pastor Marcos Pereira, da igreja evangélica Assembleia de Deus dos Últimos Dias, que articulou a apresentação do pintor à polícia.

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