O italiano infectado pelo ebola em Serra Leoa e internado em Roma desde terça-feira (25) sofreu nas últimas horas "uma piora progressiva", informou neste sábado (29) o Ministério da Saúde da Itália em boletim médico.
O paciente, um médico que trabalhava para a ONG Emergency no país africano, começou a sofrer "problemas gastrintestinais grandes, com náuseas, vômitos e diarreia".
Ele também apresenta exantema (erupção cutânea de cor vermelho) difuso e tem febre de mais de 39 graus.
"As condições gerais pioraram, ele sofre de profunda prostração e inércia e tende a adormecer, apesar de ser despertado com facilidade", indicou a nota, que também disse que apesar disso, "responde às perguntas que são feitas e é capaz de caminhar pelo quarto".
"Sua função renal é normal e não apresentou novas manifestações hemorrágicas".
O paciente, o primeiro italiano repatriado desde que o início da epidemia, está internado no hospital Lazzaro Spallanzani da capital, especializado no tratamento de doenças infecciosas.
Siciliano, casado e com duas filhas, o médico trabalhava desde 18 de outubro na estrutura para doentes de ebola que a Emergency tem em Lakka, no oeste de Serra Leoa.
Ele está em quarentena desde terça no primeiro andar do hospital, atendido por uma equipe de 15 médicos e 15 enfermeiras voluntários.
Até o momento recebeu um fármaco antiviral não especificado que atua sobre seu sistema imunológico.
Na quarta-feira ele ainda iniciou outro tratamento com o plasma de um paciente curado do ebola na Espanha.
Os médicos não quiseram revelar a identidade da doadora de plasma mas a ministra da Saúde, Beatrice Lorenzin, afirmou que pertence à auxiliar curada, Teresa Romero.
"Contamos com uma bolsa de plasma com o soro da enfermeira curada na Espanha. É o sangue que contém os anticorpos para combater o ebola", explicou Lorenzin em um discurso no programa Ballarò, do canal de TV "Rai".
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