Rio Ontem a esteticista Marly Machado prestou depoimento, na capital fluminense, a respeito das queimaduras sofridas por Andréa Lindner, após sessões de bronzeamento artificial. O estado de saúde de Andréa, que tem lesões em 98% do corpo, agravou-se. Ela apresenta "quadro infeccioso", informou o hospital.
O delegado Marcos Cipriano, da Delegacia de Repressão à Crimes Contra a Saúde, foi quem ouviu o depoimento de Marly Machado. "O marido da vítima apresentou o canhoto do talão de atendimento. Ali mostra que Andréa teria passado por quatro sessões nos dias 14 e 15 de março", contou o delegado. Uma norma da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) exige intervalo de 48 horas entre as sessões.
No depoimento, Marly garantiu que Andréa passou por apenas uma sessão, no dia 14. Ela contou que a estudante queria fazer as dez sessões do pacote de bronzeamento em um só dia, o que foi negado por Marly. A dona da clínica levantou a suspeita de que o canhoto tivesse sido manipulado por Antônio Gadelha, marido de Andréa. O canhoto vai para análise grafotécnica.
Marly não apresentou o atestado médico de Andréa nem o termo de ciência dos riscos, que a estudante de hotelaria deveria ter assinado. As operadoras da máquina de bronzeamento prestam depoimento amanã. Ontem, o Rio de Janeiro foi palco também de outra denúncia à polícia contra clínicas de tratamento estético. Uma cabeleireira ficou com as pernas queimadas ao fazer depilação a laser. Ela vai processar a médica que a atendeu.