A concorrência desleal dos camelôs e a falta de atitude das autoridades no combate à pirataria são o tema de uma reunião que será realizada nesta terça-feira (2), na Associação Comercial e Industrial de Londrina (Acil), entre proprietários de videolocadoras, representantes de distribuidoras de filmes e da Associação Brasileira de Combate à Pirataria (Abracopi). As informações são da repórter Telma Elorza, do Jornal de Londrina desta terça.
Segundo o advogado Josafá Guimarães, que representa um grupo de videolocadoras, os empresários cansaram de esperar que "alguém tome alguma providência". " Vamos estudar nossas alternativas e, talvez, entrar com um processo judicial contra os responsáveis, se não passarem a coibir a prática", afirmou.
De acordo com Guimarães, em 2005, a cidade contava com 178 locadoras legalizadas. O número, segundo ele, caiu para 104 em 2006, e hoje são apenas 54. "De agosto para cá, foram fechadas seis videolocadoras", disse.
Do início do ano para cá, ele estima que as locações caíram em torno de 40%. "A pirataria está acabando com as locadoras. A gente paga por um filme em torno de R$ 100, então imagina quantas locações tem que fazer para cobrir os custos, sem contar os impostos. Eles não têm estas despesas. Compram o filme por R$ 2 no Paraguai e vendem por R$ 5 aqui", apontou.
A situação crítica está atingindo também as distribuidoras de filmes. Hoje, Londrina já é considerada o pior mercado das regiões norte e noroeste do Estado, segundo Ailton Alves Barbosa, representante de vendas da W. Mix, que distribui filmes das principais produtoras mundiais. "De um ano para cá, as vendas em Londrina caíram 40%. Em Maringá, para se ter uma idéia, o mercado continua ótimo. Mas lá, prefeitura e polícia não dão vez à pirataria", afirmou.