As piscinas de plástico, bastante utilizadas durante o verão e as férias escolares, também precisam de limpeza e tratamento para evitar que se tornem foco do mosquito da dengue. Assim como os tanques feitos de alvenaria, fibra de vidro ou vinil, é necessária a aplicação de cloro concentrado, escovação das paredes ou outras técnicas mais avançadas.
O acúmulo de sujeira nas paredes facilita a fixação dos ovos do Aedes aegypti, explica a bióloga Elydia Paulina Campanholo Busetti, técnica do Centro de Saúde Ambiental da Secretaria da Saúde de Curitiba. Segundo ela, mesmo piscinas cobertas podem virar foco da dengue.
O uso do cloro requer alguns cuidados, orienta Elydia, pois pode provocar irritação ou até queimadura na pele e nos olhos. O gerente da Igarapé Piscinas, Rinaldo Hayashi, diz que as lojas do ramo fazem a orientação necessária para os clientes residenciais.
Segundo Hayashi, a única alternativa para as piscinas de plástico que não são tratadas é fazer a troca de água diariamente. “Mas nem orientamos a fazer isso, pois não estamos em época de desperdiçar água”, afirma. Segundo ele, o custo de um kit de limpeza é menor do que o custo com a troca de água.
Outra opção é adquirir equipamentos como o gerador de cloro a base de sal, comercializados por vários fabricantes. O sal é jogado dentro da piscina, a água sai da piscina e passa por um tubo, o qual por meio de uma reação de eletrólise quebra a molécula do sal e a transforma em a água clorada. “A água é tratada 24 horas, sem parar. Esse equipamento é usado em grandes clubes e academias e recentemente se tornou viável para uso residencial. A partir do segundo ano de uso, se paga”, afirma Hayashi.
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O empresário Salvador Augusto Mangini, 67 anos, que há um ano construiu uma piscina no quintal de casa, aprova o uso do gerador de cloro. “Eu imaginava que teria que limpar todo o dia, jogar cloro, mas me orientaram que o aparelho faria tudo. Nunca trocamos água e ela está transparente como no primeiro dia. Não tem reclamação de irritação nos olhos nem de estragar o cabelo das minhas filhas”, conta.
Piscinas coletivas
A limpeza das piscinas coletivas – em clubes, academias, escolas e clínicas – deve seguir os parâmetros da Resolução nº 40/2012 da Secretaria Municipal de Saúde. A norma exige, por exemplo, um responsável técnico e a medição a cada duas horas do nível de cloro e pH da água. Segundo Elydia, as piscinas de residências e condomínios não são obrigadas a seguir a norma, mas o poder público tem prerrogativas para fiscalizar todas os tanques por questão de saúde pública.