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Uma das principais testemunhas e acusados da Operação Vortex, Milton Stigler foi assassinado na manhã desta quinta-feira (25), em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba. Ele foi alvo de 15 tiros disparados efetuados por dois homens que chegaram ao seu ferro-velho, localizado no bairro Bom Jesus, daquele município. A delegacia daquela cidade já solicitou imagens de câmeras instaladas em locais próximos. O inquérito foi instaurado e a perícia foi solicitada, informou a Polícia Civil.

Stigler é peça-chave na apuração do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), que desencadeou em 2013 a Operação Vortex. A investigação já virou ação penal e tramita na 6.ª Vara Criminal de Curitiba, em que quatro delegados da Polícia Civil do Paraná, 16 investigadores e agentes de apoio e três empresários são acusados de lavagem de dinheiro, abuso de autoridade, formação de quadrilha corrupção ativa e passiva e concussão.

A rede de extorsão investigada pelo Gaeco teria atuado durante um ano, naquela época, na Divisão de Crimes Contra o Patrimônio da Polícia Civil do Paraná. Entre as unidades investigadas na época estavam duas delegacias de Curitiba: Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) e o 6.º Distrito Policial, no bairro Capão da Imbuia.

As investigações, segundo os promotores do grupo, mostraram que a corrupção ocorria a partir de falsas fiscalizações em lojas de autopeças e ferros-velhos. Stigler tinha um ferro-velho em Araucária naquele ano. A investigação começou quando ele procurou o Ministério Público para dizer que era vítima de extorsão policial. Ele era suspeito de receptação de veículos furtados e roubados. Stiegler também foi preso durante a investigação em 2013.

Segundo o Gaeco, o método de ação dos policiais seria sempre o mesmo. Os agentes, segundo o Gaeco, forjavam fiscalizações semanais em vários estabelecimentos e pediam dinheiro para fazer “vistas grossas” em irregularidades. Eles cobrariam um “pedágio” periódico. O dinheiro recolhido chegava até R$ 50 mil quando os empresários atrasavam o pagamento ou tentavam escapar da extorsão.

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