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Transporte coletivo

“Pivôs da crise” padecem no ônibus

Superlotação, falta de estrutura e demora fazem parte da rotina das linhas metropolitanas de Curitiba. Milhares de pessoas têm seu tempo e saúde tragados pela ineficiência do sistema | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Superlotação, falta de estrutura e demora fazem parte da rotina das linhas metropolitanas de Curitiba. Milhares de pessoas têm seu tempo e saúde tragados pela ineficiência do sistema (Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo)
Desleixo no Terminal do Alto Maracanã, em Colombo |

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Desleixo no Terminal do Alto Maracanã, em Colombo

Cena comum: cachorros abandonados dormem no Terminal do Alto Maracanã |

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Cena comum: cachorros abandonados dormem no Terminal do Alto Maracanã

Ônibus lotado na linha que liga ao Alto Maracanã: sufoco diário |

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Ônibus lotado na linha que liga ao Alto Maracanã: sufoco diário

Pichação aumenta cenário de decadência. Na foto, linha Colombo-Guaraituba |

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Pichação aumenta cenário de decadência. Na foto, linha Colombo-Guaraituba

Superlotação no ônibus que liga Pinhais a Curitiba |

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Superlotação no ônibus que liga Pinhais a Curitiba

Terminal do Pinheirinho em dias comuns: mais gente do que capacidade |

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Terminal do Pinheirinho em dias comuns: mais gente do que capacidade

Terminal do Pinheirinho: atrasos e espaços de tempo entre as linhas são reclamações recorrentes |

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Terminal do Pinheirinho: atrasos e espaços de tempo entre as linhas são reclamações recorrentes

Terminal Tamandaré-Cachoeira: abandono e informalidade |

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Terminal Tamandaré-Cachoeira: abandono e informalidade

Cachorros vivem no Terminal Tamandaré-Cachoeira |

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Cachorros vivem no Terminal Tamandaré-Cachoeira

Pichação no Terminal Tamandaré-Cachoeira: sensação de insegurança e abandono |

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Pichação no Terminal Tamandaré-Cachoeira: sensação de insegurança e abandono

Banheiro na linha Tamandaré |

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Banheiro na linha Tamandaré

Estação-tubo na Praça Tiradentes: filas ocupam a praça |

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Estação-tubo na Praça Tiradentes: filas ocupam a praça

Superpopulação nos tubos da Tiradentes causam mal-estar a passageiros |

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Superpopulação nos tubos da Tiradentes causam mal-estar a passageiros

Tudo da Tiradentes são exemplo do atendimento precário a usuários |

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Tudo da Tiradentes são exemplo do atendimento precário a usuários

As linhas metropolitanas integradas – consideradas as vilãs da tarifa – têm qualidade inversamente proporcional ao custo conferido a elas pelos gestores do transporte público de Curitiba e região metropolitana. A reportagem da Gazeta do Povo viajou nas 13 linhas metropolitanas que mais transportam passageiros para cada uma das cidades integradas e encontrou superlotação, elevado tempo de espera e veículos velhos.

Foram levadas em consideração as linhas que mais transportam passageiros por dia útil. Em Pinhais, por exemplo, a Gazeta do Povo viajou na linha Campo Comprido-Pinhais. Transporta 21 mil passageiros por dia – a mais movimentada das 106 metropolitanas integradas. Mas há usuários que a utilizam apenas dentro de Curitiba.

Para quem sai do centro de Curitiba com destino a Pinhais, a linha que vem de Campo Comprido é a mais rápida. O problema ali é o embarque na estação tubo da Praça Tirantes. Muitas vezes, o ônibus já vem cheio e a fila é quilométrica. No terminal metropolitano, nova dor de cabeça com os alimentadores integrados.

"Tenho até dó de quem precisa dessas linhas no horário de pico", lamenta a vendedora Lindamira Rodrigues, 48 anos, que trabalha em Curitiba e utiliza o alimentador Planta Karla.

Estrutura

Devido às longas distâncias percorridas por essas linhas, a estrutura viária também é problema recorrente. Sem corredores exclusivos para a maioria dos municípios vizinhos, passageiros enfrentam longos congestionamentos. A linha Curitiba-Araucária, por exemplo, tem trajeto mais curto que a de Campo Largo e leva quase o dobro do tempo.

"Demoro quase uma hora no trajeto. Deveriam priorizar o transporte público, porque é mais justo com a cidade", diz um motorista da Linha Araucária-Curitiba.

Isso não quer dizer que Campo Largo esteja longe de queixas. Apesar de elogiar a velocidade dos ligeirinhos que a levam para casa, Lucília Rocha, 66, reclama da frequência nos fins de semana. "Aos sábados, dia em que quase todo mundo trabalha, tiram os articulados e colocam o povo de dois ônibus em um", protesta a auxiliar de serviços gerais.

De modo geral, a reportagem encontrou nessas 12 linhas veículos com idade inferior ao máximo previsto em contrato – que é de dez anos. Mas motoristas relataram que essa não é a regra na Região Metropolitana. "A idade de muitos carros venceu faz tempo", diz um profissional da linha 923 – que liga Campo Magro a Santa Felicidade. Outro motorista vai além. "Temos carros da década de 90 rodando em algumas cidades", informa o profissional.

"Tomei chuva no ônibus", diz pedreiroUm dos municípios integrados mais distante de Curitiba é Contenda. Chegar lá pagando R$ 2,85 só é possível com a integração em Araucária. Opção que é arriscada, segundo o pedreiro Valdomiro Cordeiro, 59 anos.

"Chega lá [Em Araucária] e os horários não batem. Tem de esperar tudo de novo", diz Cordeiro, comparando a opção com a Linha R71 -- que parte da Alameda Doutor Muricy.

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