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CPMF

Planalto exige fidelidade de senadores da base

Brasília – O Palácio do Planalto exigiu ontem dos 51 senadores governistas fidelidade no processo de votação da emenda que prorroga a vigência da CPMF até 2011. Em reunião do conselho político no palácio, o ministro de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia, recomendou aos presidentes de partidos que se empenhem para que seus senadores tenham a mesma atitude dos deputados da base, que aprovaram na Câmara o imposto do cheque. "Não estamos aqui para cobrar, mas para sintonizar", disse o ministro, segundo participantes do encontro.

Durante a reunião que durou duas horas, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), observou que "em tese" o Planalto tem 51 votos para aprovar a CPMF. Ele excluiu da conta, no entanto, dissidentes como os senadores Cristóvam Buarque (PDT-DF), Jefferson Peres (PDT-AM), Mão Santa (PMDB-PI) e Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).

Por outro lado, os líderes governistas avaliaram, no encontro, que também ocorrerão dissidências do lado da oposição. Eles chegaram a afirmar que três senadores do PSDB, partido que fechou questão contra o tributo, devem ser favoráveis à proposta no plenário.

Mares Guia negou que o governo fará represálias aos senadores aliados que votarem contra o imposto do cheque. Ele ressaltou, porém, que o governo cobra dos partidos aliados posição fechada a favor do tributo. "O fechamento de questão é político, não é punitivo", afirmou. "Não vamos ameaçar ninguém, porque temos garantia da convicção destes senadores em relação à importância da CPMF."

Há três semanas, o governo diz que tem 49 votos favoráveis à proposta de prorrogar a CPMF. Até agora os líderes aliados e ministros da articulação política se empenham nas negociações com senadores da oposição e mesmo da base do Planalto, numa demonstração, segundo articuladores da Presidência, de que a certeza de aprovar o tributo não é tanta assim.

Mares Guia repetiu que o governo conta com os votos suficientes para aprovar a prorrogação. A uma pergunta se o governo, então, não precisava mais dos votos do PSDB, ele respondeu: "Precisamos de todo mundo". "Vocês (jornalistas) é que estão dizendo que (o governo) não precisa, tanto precisa que eu estou procurando", afirmou.

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