Formação
No Paraná, há vários cursos para quem busca qualificação na área ambiental. Veja alguns:
Curitiba
- Doutorado em Meio Ambiente e Desenvolvimento; mestrado, doutorado e pós-doutorado em Engenharia Florestal; mestrado em Ciências do Solo; mestrado em Ecologia e Conservação Universidade Federal do Paraná (UFPR).
- Mestrado em Gestão Ambiental Universidade Positivo.
- Especialização em Minimização, Reuso e Controle da Poluição Ambiental Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
- Especializações em Educação Ambiental; Gestão Pública Sustentável; Gestão de Agronegócios e Gestão Socioambiental Faculdades Facet.
Interior
- Especialização em Análise Ambiental e em Ciências da Terra e mestrado em Geografia, Meio Ambiente e Desenvolvimento Universidade Estadual de Londrina (UEL).
- Mestrado e doutorado em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais Universidade Estadual de Maringá (UEM).
- Especialização em Gerenciamento e Auditoria Ambiental (CEGAA) sede Campo Mourão da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.
- Especialização em Gestão Ambiental Faculdade Estadual de Educação, Ciências e Letras de Paranavaí (Fafipa).
- Pós-Graduação lato-sensu em Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras de Cornélio Procópio (Faficp).
- Especialização em Gestão Ambiental: Análise e Gerenciamento Ambiental sede da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro) em Irati .
- Especialização em Manejo Sustentável do Meio Ambiente Unicentro, em Guarapuava.
Em 2009, uma pesquisa conjunta dos institutos internacionais Greenhouse Gas Management e Sequence Staffing revelou que os mercado de carbono e de atividades relacionadas às mudanças climáticas não encontram profissionais qualificados para as vagas que oferecem. O estudo entrevistou 700 executivos, cientistas e líderes de organizações dos setores público, privado e sem fins lucrativos, de todo o mundo, e mostrou que 84% consideram difícil achar profissionais capacitados para o setor e que 87% acreditam que isso será um grave problema para os próximos anos.No Brasil, as capacitações ligadas à questão ambiental atraem profissionais de várias áreas, mas falta a aproximação entre universidades e empresas, para que lucro e preservação possam efetivamente caminhar juntos. O professor Maurício Dziedzic, coordenador do Mestrado Profissional em Gestão Ambiental da Universidade Positivo (UP), defende também a necessidade de as instituições particulares receberem recursos públicos para desenvolver pesquisas ambientais. Acompanhe os principais trechos da entrevista à Gazeta do Povo:
Qual é a realidade da área ambiental em relação à capacitação de profissionais?
A questão ambiental permeia praticamente todas as profissões e a área de gestão é a que apresenta maior abrangência, podendo contar com profissionais de outras áreas. O nosso curso [Mestrado em Gestão Ambiental da UP], como exemplo, atrai interessados de todas as áreas, como jornalistas, administradores, arquitetos, advogados, engenheiros, fisioterapeutas. O fundamental tem sido o interesse dos alunos em resolver problemas ambientais nas suas áreas de origem (...). Com a prática, conseguimos nos aproximar do setor produtivo e oferecer capacidade de pesquisa e soluções de problemas, trazendo as dificuldades da empresa para dentro da universidade. Essa cultura de pesquisa e desenvolvimento não existe no Brasil, que está acostumado a importar soluções.
Como é o relacionamento das empresas com as universidades no Brasil?
É difícil as empresas procurarem a universidade para resolver os problemas. Eu fiz doutorado em Toronto, no Canadá, e lá, semanalmente, recebíamos pedidos de consultas de empresas e até de pessoas físicas, empreendedores, inventores que desenvolviam produtos e procuravam a universidade em busca de fundamentação teórica para levar o produto ao mercado. Isso é menos comum aqui. Estamos tentando mostrar para as empresas que o que fazemos trará retorno financeiro. Procuramos deixar claro que o conceito de sustentabilidade passa por sustentabilidade econômica; que com uma gestão ambiental correta do processo produtivo, os custos diminuem, a empresa cria um diferencial e atrai mais consumidores.
A demanda por empresas ambientalmente corretas ainda não é uma exigência na sociedade?
A tendência de médio e longo prazos é que o cenário mude em função de pressões sociais e institucionais. O arcabouço legal já existe. Em termo de leis ambientais o Brasil é riquíssimo. Nos países do norte da Europa, por exemplo, as leis são mais restritivas que as nossas. Mas, no geral, estamos bem servidos. O que temos que fazer agora é aplicar, fazer com que todo mundo cumpra e as empresas não devem esperar ser autuadas para resolver os problemas, porque sai mais caro. Sempre que acontece um acidente ambiental a conta é muito maior do que se teria gasto para resolver aquilo [o problema que provocou o desastre].
Como estimular o setor empresarial e industrial a buscar o apoio das instituições de ensino?
O principal é mostrar que há ganho econômico. O empresário não vai tomar uma atitude que possa quebrar sua empresa. Não podemos ser ingênuos e achar que o amor ao meio ambiente vai modificar, da noite para o dia, o processo produtivo. Como especialistas da área temos a obrigação e a responsabilidade de recomendar, desenvolver processos, técnicas e sistemas de gestão que permitam ao empresário ter lucro, ao mesmo tempo em que procura o desenvolvimento sustentável. O setor produtivo precisa adotar postura pró-ativa, deixando apenas de reagir aos problemas ambientais. Para tanto, é fundamental perceber que o investimento em pesquisa e desenvolvimento pode se traduzir em melhoria de processos e aumento de lucratividade e sustentabilidade no sentido mais amplo, que envolve o aspecto econômico. Infelizmente, essa cultura ainda não existe no Brasil, e precisa ser revista para que o país possa assumir posição de ainda mais destaque no cenário mundial.
O governo está deixando de cumprir o papel de estimular a pesquisa?
A maior crítica que eu tenho ao sistema de financiamento de pesquisa do país é que ele é totalmente direcionado a instituições sem fins lucrativos. No nosso caso, gostaríamos de participar de vários editais, mas temos essa limitação. Tenho pregado que o acesso seja universal e democrático, por mérito e competência. Se você quer fazer pesquisa numa instituição com fins lucrativos e o órgão financiador não quer aumentar os lucros dessa instituição, então deveria se restringir os lucros. O projeto deve ser sem fins lucrativos. Dessa forma, conseguiríamos gerar resultados que interessam à sociedade e ao país e atuar mais em questões ambientais públicas. Não temos desenvolvido tanta pesquisa nessa linha por falta de financiamento. O pouco que temos conseguido fazer é por meios próprios, patrocinado pela própria universidade.
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