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O plano de resgate do líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola - que está preso no interior de São Paulo -, incluía duas escalas no Paraná. Vazado pelo site do jornal O Estado de S. Paulo, um relatório sigiloso das polícias Civil e Militar e do Ministério Público paulistas aponta, após arrebatar Marcola e outros três integrantes do grupo criminoso, a intenção da facção era levá-los ao Paraguai. O aeroporto de Loanda e uma em Porto Rico, na região Noroeste do Paraná, seriam utilizados no plano de fuga.

Deflagrada pela polícia paulista, a operação contava com apoio de forças de segurança do Paraná. Em entrevista à Gazeta do Povo, o delegado-geral Riad Fahrat, chefe da Polícia Civil paranaense, confirmou que a corporação estava monitorando "há um bom tempo" os integrantes do PCC que participariam da tentativa de arrebatamento dos líderes da facção.

A polícia paranaense, inclusive, acompanhava a movimentação na residência, que foi alugada pelos bandidos em Porto Rico, e no aeroporto de Loanda. A intenção das polícias de São Paulo e do Paraná era frustrar o plano do PCC e prender os integrantes em flagrante. O relatório das investigações já estava nas mãos da Justiça.

A casa

A casa alugada pelo PCC em Porto Rico pertence a um aposentado, de 78 anos de idade, que não desconfiou dos inquilinos. O imóvel foi locado por 90 dias, "por um precinho razoável". O proprietário conta que pequenos grupos, com mulheres e jovens, vinham à residência, ficavam poucos dias e iam embora.

"A pessoa alugou como Adriana, mas depois se apresentou como Cláudia. Pagou direitinho, em dinheiro. Não tinha nada de anormal. Eu não desconfiei de nada", disse o aposentado.

Agora, o dono do imóvel se mostra espantado com a repercussão do caso, mas disse não temer. "O pessoal aqui está comentando bastante, mas eu não tenho medo, não. Eu sempre aluguei a casa e nunca deu rolo", contou.

Na tarde desta quinta-feira, não havia movimentação de policiais em Porto Rico. Em Loanda, a situação também era considerada normal.

Em São Paulo

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, desde a madrugada desta quarta-feira (27), uma equipe de 15 homens do Comando de Operações Especiais (COE) e seis atiradores de elite mantêm campana no entorno da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde Marcola está preso. O armamento da tropa é capaz de derrubar aeronaves.

Segundo o relatório divulgado, o PCC planejava usar três aeronaves no arrebatamento, incluindo um helicóptero pintado com as cores da PM paulista.

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