A Operação Sentinela, liderada pela Polícia Federal, e a Operação Ágata, das Forças Armadas, confiscaram cerca de 62 toneladas de drogas nos quatro primeiros meses de vigilância especial nas fronteiras do país, anunciou nesta segunda-feira a presidente Dilma Rousseff.
As Forças Armadas, que comandam as principais ações, também destruíram três pistas de aterrissagem clandestinas na floresta amazônica, supostamente construídas por narcotraficantes, e apreenderam 650 quilos de explosivos na fronteira com o Paraguai, afirmou Dilma no programa de rádio "Café com a presidente".
As pistas de aterrissagem foram detectadas por satélite e por um avião não-tripulado de manufatura israelense, comprado em 2009, e depois foram destruídas por bombardeios dos caças Embraer A-29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira, segundo informações do Ministério da Defesa.
O Plano Estratégico de Fronteiras, lançado no início de junho em colaboração com os países vizinhos, consiste em duas operações do lado brasileiro.
A presidente explicou que na Operação Ágata os militares fazem ações pontuais, localizadas e de surpresa contra os narcotraficantes e contrabandistas, para causar "impacto" e "reforçar a presença do Estado" nas regiões fronteiriças.
Já a operação "Sentinela", de caráter permanente e coordenada pelo Ministério da Justiça, conseguiu efetuar cerca de 3 mil prisões e apreender 300 armas.
"Uma operação complementa a outra. Enquanto a Operação Ágata mostra a força de um Estado atento, a Operação Sentinela faz o trabalho cotidiano, permanente, de investigação e informação", destacou Dilma.