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A presidente Dilma Rousseff lançou neste sábado (5) no Recife (PE) o Plano Nacional de Enfrentamento à Microcefalia, que terá sua coordenação centralizada em Brasília.

Para isso, o governo federal vai instalar a Sala Nacional de Coordenação Interagências, no Ministério da Integração Nacional, em Brasília. Segundo a petista, haverá ainda salas estaduais que contarão com as secretarias locais de Saúde, Educação, Segurança Pública, Assistência Social e Defesa Civil, além das forças armadas.

A proposta é que esses comitês articulem juntos as ações de combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, da chikungunya e do vírus zika. Este último está relacionado à microcefalia – má formação do perímetro cefálico dos bebês – doença que causa um surto no país, com o registro de 1.248 casos em crianças de 13 estados, a maioria do Nordeste.

“É uma ação de guerra que não deverá se resumir a um dia nacional de combate, mas tem que ser permanente até descobrirmos uma vacina”, disse a presidente.

O plano é baseado em três eixos principais: mobilização, atendimento especializado e incentivo à pesquisa.; Terá a participação de 17 ministérios, além dos governos estaduais e municipais.

Custos

Na próxima terça-feira (8), em Brasília, a presidente se reunirá com os 27 governadores e representantes das associações municipais para começar a levantar os custos do plano. “Todos terão que investir”, adiantou Dilma.

A reunião para o anúncio do plano reuniu quatro ministros – incluindo Marcelo Castro (Saúde) –, políticos como o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT), e representantes de 11 prefeituras de Pernambuco. A reunião aconteceu no Comando Militar do Nordeste, na capital do estado líder em casos de microcefalia (646 no total).

Sobre as gestantes suspeitas de terem contraído o vírus zika e os bebês com microcefalia, a presidente prometeu ampliar o atendimento a partir dos programas Mais Médicos e Rede Cegonha. “Estão garantidos também mais exames de tomografia e sangue e a implantação de centros de reabilitação”, disse.

Presidente da Associação Municipalistas de Pernambuco (Amupe), José Patriota, reforçou a necessidade de revogar a portaria 1025, que limita o número de agentes de combate a endemias por cidades custeados pelo Ministério da Saúde. “Cada município está fazendo o seu plano e levantando os custos, é preciso que nos seja garantido os recursos. Caso contrário será difícil vencer essa guerra”, declarou Patriota.

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