Brasília Para atingir as metas estabelecidas originalmente no Plano Nacional de Educação, o próximo presidente precisaria investir R$ 24 bilhões a mais todos os anos no setor. Os cálculos são da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que reinvidica o investimento.
O plano aprovado pelo Congresso Nacional em janeiro de 2001 previa um valor mínimo investido na área para ampliar a educação. Seria necessário aplicar em educação 7% de todas as riquezas produzidas pelo país, ou seja, do Produto Interno Bruto (PIB).
"É uma pena que aquilo que estava indicado na educação, os 7% do PIB, não tenha sido cumprido nem pelo governo passado nem por este. O veto do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso continua de fato e, apesar das pressões, ele ainda não foi revisto", critica Sérgio Haddad, coordenador-geral da Ação Educativa, uma das organizações que dirigem a Campanha pelo Direito à Educação.
O aumento dessa verba depende menos dos candidatos e mais da mobilização da sociedade, na opinião de Maria do Pilar Lacerda, presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
O Brasil investe hoje cerca de 4,6% do PIB em educação, segundo cálculos da campanha. O aumento progressivo para 7% significaria um aumento de R$ 24 bilhões. "Se nós quisermos efetivamente mudar a situação do ensino do país, precisamos colocar mais recursos", disse Haddad.