No Paraná, além de criticar a demora na entrega de equipamentos de saúde, as entidades médicas participaram ontem de uma audiência pública na Assembleia Legislativa, para cobrar dos deputados a efetivação das medidas da CPI dos Planos de Saúde, aprovadas novembro de 2013. Um dos principais problemas apontados é a baixa remuneração dos profissionais.
Segundo o presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), Maurício Marcondes Ribas, o relatório apontou medidas importantes para a manutenção dos contratos entre profissionais e planos de saúde. "Em alguns estados, médicos optaram por não atender pelos planos de saúde, mas decidimos usar esse espaço na Assembleia para chamar a atenção para os 16 pontos que a CPI apontou que são necessários", explica.
Em seu relatório final, a CPI pede que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fiscalize melhor o cumprimento dos contratos de planos de saúde, além de chamar a atenção para que as entidades controlem o pagamento de comissões da indústria farmacêutica à categoria e que o MP investigue os fabricantes e distribuidores de órteses e próteses no país produtos que respondem por boa parte do aumento dos custos assistenciais nos planos.
Atrasos
O Ministério do Planejamento informa que 293 UBSs e 9 UPAs estão em obras no Paraná. Algumas delas, no entanto, estão com atrasos superiores a um ano. Em Piraquara, uma UPA deveria ter sido entregue em novembro de 2012, mas segue inacabada. Após a empreiteira atrasar o cronograma, o contrato foi cancelado. Uma nova licitação deve ocorrer neste ano.