O policial militar Odair José da Silva foi condenado, nesta segunda-feira (22), a cinco anos de prisão em regime semi-aberto. Acusado de lesão corporal seguida de morte, o réu foi denunciado por envolvimento na morte do policial civil Flávio Maria Pedro, ocorrida em 22 de novembro de 2001. Apesar da condenação, Silva não vai perder seu cargo na Polícia Militar (PM). Ele ainda pode recorrer da decisão em liberdade.
Há exatos nove anos, a vítima foi confundida com um assaltante por dois policiais militares. De acordo com o processo, Pedro foi violentamente agredido e atingido por um tiro, que teria sido disparado pelos PMs. O policial civil morreu no hospital, três dias depois do incidente.
O promotor Marcelo Balzer Correia explicou que o Ministério Público solicitou a pena por lesão corporal seguida de morte, em vez de homicídio, porque o tiro que matou o policial civil partiu da arma do outro policial e não do revólver de Silva. De acordo com o MP, por este motivo, o juiz não decretou que o PM perdesse o cargo.
O outro policial, Renildo Teixeira Cardoso, que portava a arma de onde partiu o disparo que matou Pedro, não foi julgado nesta segunda-feira, como estava previsto. De acordo com o MP, os advogados do réu pediram o adiamento, depois de alegaram uma recente mudança na composição da defesa. A nova data para o julgamento ainda não foi definida.