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O soldado da Polícia Militar (PM) Omar Assaf Júnior, de 29 anos, foi indiciado por homicídio triplamente qualificado na tarde de terça-feira (25), acusado do assassinato do estudante de Direito Thiago Klemtz de Abreu Pessoa, de 19. O rapaz foi morto com três tiros na madrugada do dia 16, em frente à Sociedade Harmonia, localizada no bairro Bigorrilho, em Curitiba. Laudos do Instituto Médico Legal (IML) confirmaram que os projéteis que atingiram o jovem partiram da arma do policial.

Como Assaf Júnior foi preso em flagrante, a Delegacia de Homicídios teve prazo de dez dias para concluir o inquérito. Segundo o delegado Rodrigo Brown de Oliveira, imagens de câmeras de vigilância de prédios próximos ao local do incidente auxiliaram na investigação. Em depoimento, o soldado confirmou que estava na festa, mas disse que disparou a arma para dispersar uma briga que ocorria do lado de fora do estabelecimento e que não sabia se tinha atingido alguém.

"As gravações mostram que não houve briga antes dos disparos", afirma Brown. Em uma das imagens, várias pessoas aparecem correndo, logo após os primeiros tiros do policial, segundo o delegado. "Não dá para ver exatamente o momento em que o estudante é atingido, mas o policial aparece com a arma em punho apontando em uma direção", relata. Segundo ele, todo o material obtido junto aos condomínios foi encaminhado ao Fórum Criminal juntamente com o inquérito.

Nos dez dias de investigação, 25 testemunhas foram ouvidas pela Polícia Civil. "Segundo esses depoimentos, o policial teria atirado em Thiago, que caiu próximo ao meio-fio. O soldado ainda teria se aproximado do rapaz e efetuado mais dois disparos", conta o delegado. Ainda na terça-feira, a Justiça decretou a prisão preventiva de Assaf Júnior, que seria solto após vencidos os 10 dias de flagrante. Segundo o delegado, depois o primeiro depoimento, o policial militar não mudou a versão.

A assessoria de imprensa da PM informou, em nota, apenas que o soldado estava em horário de folga e "acabou envolvendo-se no episódio, ocorrido entre os frequentadores, já ao lado de fora do estabelecimento". A PM ressaltou que o policial está à disposição da Justiça.

O soldado foi indiciado por homicídio doloso triplamente qualificado, por não haver chance de defesa da vítima, motivo fútil e pelo fato de ser policial. A pena para os crimes pode chegar a 20 anos de prisão.

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