O policial militar Giovane Gaspar da Silva, 24, um dos dois agressores que espancaram João Alberto Silveira Freitas num supermercado de Porto Alegre, na última quinta-feira (19), é filiado ao MDB desde 2013. O registro consta no site do Tribunal Superior Eleitoral.
O MDB de Porto Alegre informou na manhã desta segunda-feira (23) que expulsou Giovane na sexta-feira (20), no dia seguinte à agressão. “Ele nunca ocupou cargo, função política e não teve nenhuma participação no MDB. O partido espera que os responsáveis pelo crime sejam punidos com todo o rigor da lei”, afirma Tiago Simon, presidente do partido, em nota.
Giovane atuava como vigilante na Vector Segurança, empresa terceirizada que fazia a segurança do Carrefour, local onde ocorreu o homicídio por asfixia. Segundo a Polícia Federal, o segurança não possui Carteira Nacional de Vigilante, ou seja, não poderia trabalhar na função. A outra pessoa envolvida no espancamento, que resultou em morte por asfixia do homem negro, é Magno Braz Borges, de 30 anos, que também trabalhava na mesma empresa.
Na sexta, o candidato a prefeito de Porto Alegre pelo MDB, Sebastião Melo, que disputa o 2º turno contra Manuela D’Ávila (PCdoB), cancelou a agenda externa e participou do Ato de Repúdio ao Racismo, no centro da cidade.
"É com profunda tristeza que, num dia tão emblemático que o Dia da Consciência Negra, que deveria na verdade ser todos os dias, Porto Alegre se depare com mais um episódio de tamanha violência com a morte de uma pessoa. Que os responsáveis sejam punidos com todo rigor da lei e que a família encontre consolo no apoio de todos nós que não toleramos mais que fatos assim ocorrem", disse Melo.
Como foi o espancamento no Carrefour
Imagens das câmeras de segurança da loja do Carrefour em Porto Alegre, obtidas pelo Fantástico, da TV Globo, mostram que ele foi espancado por dois seguranças do supermercado durante pelo menos quatro minutos. Depois do início das agressões, um terceiro funcionário da loja participou das agressões.
Nesse tempo, a vítima foi agredida com socos na cabeça e no abdômen. Depois, um dos seguranças sufocou Beto, como era conhecido, com o joelho, até que a vítima parou de se mexer. Laudo médico aponta que a causa da morte foi asfixia.
Antes do espancamento, João Alberto havia se desentendido com uma funcionária do supermercado no interior da loja, enquanto fazia compras com a mulher, Milena Borges Alves. A funcionária, então, chamou os seguranças, e ele foi conduzido para fora do supermercado.
Na saída para o estacionamento, a vítima desferiu um soco contra um dos seguranças. A partir disso, os dois funcionários começaram a agredir Beto com chutes e socos e, então, o imobilizaram. Foi com a vítima já no chão que os seguranças desferiram socos em sua cabeça e no abdômen.
Giovane Gaspar da Silva e Magno Braz Borges foram presos em flagrante. Na sexta (20), eles tiveram a prisão preventiva decretada. Os dois também foram demitidos por justa causa.
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