O balanço final da Polícia Militar mostra que oito pessoas foram detidas no protesto contra o aumento no valor da passagem de ônibus em Curitiba na noite de segunda-feira (6). No começo da manhã, a PM falou em 11 presos, mas, por volta das 11h20, corrigiu a informação e disse que três pessoas abordadas não chegaram a ser encaminhadas a delegacias. A manifestação também terminou com vários imóveis públicos e particulares depredados. Ônibus foram pichados e estações-tubo, invadidas.
Segundo a PM, sete detidos foram encaminhados ao 1º Distrito Policial (DP), no Centro de Curitiba. Três deles foram pegos em flagrante. Uma oitava pessoa, por ter menos de 18 anos, foi encaminhada à Delegacia do Adolescente.
Todos os manifestantes encaminhados foram liberados entre a noite e o início da madrugada, após assinatura de termo circunstanciado.
A Urbs - empresa municipal que administra o transporte público de Curitiba - contabilizou em aproximadamente R$ 2,5 mil os prejuízos deixados pelos mascarados que se infiltraram no protesto.
Segundo a empresa, mascarados quebraram três vidros na Estação Central e na estação-tubo da Praça Carlos Gomes. Três suportes de validadores de cartão transporte na Carlos Gomes foram danificados e precisaram ser substituídos. Na mesma estação-tubo, o portão que facilita acesso a cadeirantes também foi quebrado.
Ao todo, dois ônibus foram pichados e precisaram ser recolhidos para limpeza. Eles foram substituídos.
Na Estação Central, um grupo de manifestantes permitiu que passageiros entrassem sem pagar passagem por alguns minutos. O mesmo tentou ser feito na Praça Carlos Gomes, onde mascarados depredaram alguns validadores. Uma cobradora foi ferida, mas sem gravidade.
Protesto
Além de espaços do transporte coletivo, prédios públicos e privados também foram alvos dos mascarados que se infiltraram entre os manifestantes do protesto desta segunda-feira. Vidros de agências bancárias foram quebrados.
Em alguns prédios, porteiros e proprietários tentavam impedir a ação dos manifestantes, o que gerou pequenas confusões. A unidade da Previdência Social, na esquina da Rua XV de Novembro com a João Negrão, e a Gazeta do Povo também foram alvo das pichações.
A confusão se intensificou na altura do Terminal Guadalupe, quando equipes da Polícia Militar passaram a acompanhar o protesto. Em pouco tempo, mais veículos da PM chegaram e policiais da Rotam e do Bope passaram a pressionar os manifestantes. Houve disparo de bombas de efeito moral por parte da polícia.