A Polícia Militar do Paraná começou por volta das 11 horas desta quinta-feira (8) a reintegração de posse do terreno invadido no bairro Campo Comprido, em Curitiba. Equipes do Choque e da Rotam chegaram às 10 horas no local e no princípio houve uma tentativa de resistência dos invasores, mas eles acabaram saindo de forma pacífica.
Segundo informações da Rádio CBN, as pessoas começaram a tirar suas coisas do terreno de forma pacífica e ordeira e a PM não precisou usar a violência. Uma liminar conseguida pela empresa Triunfaz Construções e Incorporações, dona do terreno invadido, nesta quinta-feira, obrigou a reintegração de posse.
A decisão judicial foi concedida pelo juiz Sérgio Jorge Domingos, da 22ª Vara Cível de Curitiba. Desde sexta-feira (2), o terreno de aproximadamente 200 mil metros quadrados foi invadido por cerca de dez famílias. Na última terça-feira, pelo menos 1,5 mil famílias já estavam acampadas no local.
O terreno do Campo Comprido foi a segunda grande área invadida na cidade. No último dia 23 de fevereiro, três lotes vizinhos localizados no bairro Santa Quitéria foram invadidos em condições semelhantes.
A invasão do Campo Comprido chamou a atenção dos moradores vizinhos ao local, que informaram ver vários carros estacionados à frente da invasão e pessoas com celulares dentro do terreno invadido.
Polêmica política
Segundo a reportagem da CBN, alguns panfletos foram distribuídos ao lado do terreno invadido, nesta quinta-feira. Os panfletos seriam assinados pelo presidente do PMDB de Curitiba, Doático Santos, e afirmam que as ocupações estão só no começo. O panfleto também faz críticas ao prefeito Beto Richa (PSDB).
Doático dos Santos, porém, negou a autoria dos panfletos e afirmou que o PMDB vai instaurar um inquérito policial para apurar e punir os autores do panfleto.
"Essa é uma prática criminosa dos nossos adversários políticos, que tentam confundir a opinião pública. Falei com o secretário de Segurança Pública (Luiz Fernando Delazari) para que a PM recolha esses panfletos que foram jogados ao lado da invasão. Queremos chegar a esses criminosos que fizeram esses panfletos e acreditamos que eles são nossos vizinhos ali no Centro Cívico", ironizou Doático.
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