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Londrina

PM de Mato Grosso do Sul é preso em Londrina por tráfico de drogas

Três membros de uma quadrilha de traficantes foram presos no final da tarde de segunda-feira (4) por policiais civis do Núcleo de Repressão ao Tráfico Ilícito de Drogas (NRTID) de Londrina, no Norte do Paraná. Entre os presos, está Jorge Gonçalves Martins, de 46 anos, cabo da Polícia Militar (PM) de Mato Grosso do Sul.

O delegado Michael Rocha de França Araújo conta que a quadrilha já era investigada desde abril, quando surgiram as primeiras denúncias anônimas. "Ficamos sabendo que uma carga chegaria na segunda-feira e montamos vigilância no local indicado", explica. "Conseguimos flagrar Martins chegando em um carro com placas de Amambai (MS) e dois suspeitos que receberiam a droga, e fizemos a abordagem".

O Celta, dirigido por Martins, e um Gol que levava Romeu José Bataglini Jr., de 40 anos, e Marco Antônio Scapin, de 31, para buscar o carregamento de mais de 13 quilos de pasta-base de cocaína, foram levados à sede do NRTID.

Araújo conta que Bataglini é proprietário de um café em um shopping da cidade e não possuía passagem pela polícia. "Era um sujeito acima de qualquer suspeita". Ele seria o financiador da quadrilha, enquanto Scapin, reincidente, seria uma espécie de gerente. "Ele é quem fazia os contatos com outros traficantes da região", afirma o delegado.

Até agora, Martins foi identificado apenas como o responsável pelo transporte da droga, que vinha de Pontaporã, Mato Grosso do Sul. Apesar disso, Araújo desconfia que a participação do PM era maior. "Ele provavelmente tinha uma relação mais íntima com a quadrilha, até porque o veículo em que trazia a droga para o Paraná estava em seu nome".

Em cumprimento de mandado de busca e apreensão na casa dos acusados, a polícia encontrou mais 650 gramas de cocaína, além de um revólver calibre 38, uma espingarda calibre 28 e munições. Scapin e Batagilini foram encaminhados ao 2º Distrito Policial de Londrina, enquanto Martins está no 5º Batalhão de PM, e deverá responder a procedimento interno que avaliará sua conduta. O delegado acredita que há mais gente envolvida no esquema. "As investigações vão continuar", finaliza.

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