A Promotoria de Investigações Criminais (PIC) do Ministério Público Estadual indiciou sete pessoas por crime de corrupção ativa e falsidade ideológica relacionado ao esquema de distribuição e comercialização de caça-níqueis em Londrina, no Norte do Paraná. Todos os indiciados são ligados à empresa Unig. As investigações revelaram que o tenente da Polícia Militar Diogo Ferreira, que atuava junto ao Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Gerco), órgão da PIC, também estava envolvido no esquema.

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Até agora foram presos o ex-jogador de futebol Richard Silveira Leitão e o empresário José Ricardo Pinto. Leitão permanece preso desde o último dia 14 e as suspeitas da PIC são de que ele era o testa-de-ferro da empresa. Pinto é apontado como um dos cabeças da Unig e real proprietário. Ele foi preso na noite da última terça-feira, em sua casa.Pinto é sócio de Mauro Coelho, considerado o segundo dono da Unig. Ele e o funcionário da empresa, Alcides Berthior de Almeida, indiciado apenas por falsidade ideológica, também tiveram mandados judiciais de prisão expedidos, mas estão foragidos. Os outros três indiciados não tiveram os nomes divulgados.

Segundo o delegado da PIC, Alan Flore, o pedido de prisão e indiciamento foi feito após a confirmação que um contrato de locação foi falsificado para evitar relação com o tenente da PM. Os levantamentos esclareceram que o policial residia no imóvel do pai de José Ricardo Pinto. "Depois que as investigações começaram, eles tentaram romper o vínculo entre os dois", disse Flore.

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Ferreira morava em um apartamento de classe média, localizado na Avenida São Paulo, região central de Londrina. A suspeita de participação aconteceu depois que um recibo de aluguel em nome do tenente foi encontrado em meio ao material apreendido no início do mês, quando uma operação revelou a atuação da Unig e apreendeu 200 caça-níqueis. No entanto ele não pagava aluguel. "Por receber esse favor, nós fizemos o indiciamento dos envolvidos por corrupção", revelou Flore. Por se tratar de policial militar, Ferreira somente pode ser acusado após investigação feita pela PM.