Rio de Janeiro Um cabo da Polícia Militar que fazia a guarda do Palácio Guanabara foi preso ontem acusado de exploração sexual de menores, seqüestro e cárcere privado. Adelino Correia, de 37 anos, e a mulher dele, Sandra Lopes Arruda, se utilizavam de ameaças e violência para lucrar com adolescentes que se prostituem na orla da Barra da Tijuca. Segundo denúncia do Ministério Público estadual, as meninas viviam em regime de ecravidão, sem permissão para sair da casa e eram obrigadas a pagar multas se desrespeitassem as ordens do casal.
Gravações de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça flagram policiais militares do 31.º BPM (Barra da Tijuca) encomendando a Sandra "criancinhas" para uma festa que seria realizada hoje, com previsão de presença de mais de cem policiais militares.
O cabo Adelino foi preso às 7h30. No armário do policial, no Palácio Guanabara, foi encontrado um álbum com diversas fotografias de mulheres exploradas pela quadrilha. Sandra foi detida em casa, na Favela da Tijuquinha. Com ela os policiais encontraram a contabilidade com a relação de nomes das jovens, catálogos pornográficos e uma farda da Polícia Militar.
De acordo com a investigação e a denúncia dos promotores Márcio Mothé e Delma Acioly, foi comprovado o encaminhamento, pelo policial e a mulher, de "criancinhas" para "uns americanos" que participarão de um campeonato da Associação Brasileira dos Profissionais de Golfe, em 15 de agosto. O agendamento do programa foi feito por Sandra com Kikinho, homem ainda não identificado.
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