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Landmann é indiciado por homicídio doloso e tentativa de homicídio | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Landmann é indiciado por homicídio doloso e tentativa de homicídio| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Ponta Grossa - O soldado da Polícia Militar Luís Gustavo Landmann foi indiciado por homicídio doloso e tentativa de homicídio. Na madrugada de 13 de julho, durante operação policial em Porto Amazonas, ele matou a estudante Rafaeli Ramos Lima, de 20 anos, e baleou Diogo Soldi Schuhli, 21. Diogo dirigia o Gol que foi confundido com o carro de criminosos. O inquérito foi concluído ontem e encaminhado ao Fórum de Palmeira pela delegada Valéria Padovani de Souza.

A delegada afirmou que chegou às conclusões por meio dos depoimentos colhidos no último mês. O policial que acompanhava Landmann no dia do crime, Dioneti Santos Rodrigues, não foi indiciado. Segundo ele, a arma travou e não foi usada. A versão foi confirmada por Landmann.

O inquérito foi encerrado sem o resultado do laudo do confronto balístico. Por isso, a delegada afirmou que Rodrigues poderá ser indiciado se o exame comprovar que a sua arma foi usada na madrugada do crime. O Gol em que estava o casal tinha cinco marcas de tiros na lataria. Landmann afirmou ter atirado apenas três vezes. "Precisamos ver quem disparou os outros tiros", disse Valéria.

O inquérito estava, até ontem, na Vara Criminal. O promotor do caso, Antonio Carlos Nervino, afirmou que após o recebimento terá 15 dias para se manifestar. Ele pode oferecer denúncia contra o soldado, pedir novas diligências ou ainda pedir a extinção do processo. "Vou fazer um exame completo do inquérito, seria muito prematuro da minha parte me manifestar agora sobre a minha decisão", afirma.

Nervino acompanhou todos os depoimentos na Polícia Civil, assim como os promotores do Grupo de Atenção Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Segundo Nervino, é possível que os promotores do Gaeco também opinem no caso. O coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, adiantou que sugerirá uma reconstituição para os próximos dias. "Eu não veria problemas nas diligências que viessem a complementar o inquérito", considera Nervino.

Os soldados, que ficaram detidos no 1º Batalhão da PM de Ponta Grossa por 21 dias, não podem voltar ao serviço nas ruas enquanto a investigação não for concluída. O advogado de Landmann, Rodrigo di Piero Mendes, disse ontem que não se manifestaria porque ainda não recebeu o inquérito.

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