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Homem durante manifestação no Rio, na noite desta quinta-feira (20) | Luciana Whitaker/Reuters
Homem durante manifestação no Rio, na noite desta quinta-feira (20)| Foto: Luciana Whitaker/Reuters

Um novo confronto entre manifestantes e policiais teve início por volta das 21 horas desta quinta-feira (20) na região da Cinelândia, no centro do Rio. Os PMs disparam tiros de balas de borracha e jogaram bombas de gás lacrimogêneo para dispensar as pessoas.

Ao menos 22 pessoas feridas foram encaminhadas ao hospital municipal Souza Aguiar, no centro do Rio, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde.

Para tentar deter os policiais, o grupo acendeu fogueiras em pontos da praça. Os manifestantes se espalharam pelas ruas internas e agora saqueiam e depredam lojas.

Uma filial das Lojas Americanas, localizada na rua do Passeio, foi saqueada. A porta de ferro foi arrombada e vidros foram quebrados. Alguns manifestantes saíram do local carregando televisões de tela plana.

Outro grupo reagiu à ação e gritava com as pessoas que saqueavam a loja. Um homem apanhou de algumas pessoas porque estaria roubando.

Centenas de manifestantes chegaram a ocupar as escadarias da Câmara e do Teatro Municipal. A polícia cercou o grupo e houve corre-corre.

Alguns manifestantes usavam máscaras para cobrir os rostos. Eles gritavam: "Resistência". Uma senhora com cerca de 50 anos segurava uma bandeira do Brasil e caminhava em direção aos policiais. Pontos de ônibus da região também foram depredados.

Os policiais do Batalhão de Choque protegem a entrada da rua Evaristo da Veiga, em uma das esquinas da Cinelândia, para evitar a entrada dos manifestantes. Nessa rua fica o quartel central da Polícia Militar do Rio.

No outro extremo da Cinelândia, manifestantes montaram uma barricada, incendiando pilhas de lixo e entulho. Com isso fecharam duas das quatro pistas da Avenida Rio Branco.

Tensão

O protesto no Rio de Janeiro ficou tenso no início da noite, após um início pacífico. O problema ocorreu com chegada dos manifestantes em frente à prefeitura, no centro da cidade, ponto final da passeata.

Por volta das 18h50, morteiros foram disparados pelos manifestantes. Em resposta, a polícia disparou bombas de efeito moral. Há feridos no local, mas ainda não se sabe a quantidade.

A cavalaria da PM avançou para dispersar pessoas que tentavam invadir a prefeitura. A luz no local acabou por volta das 19h.

Os policiais militares jogam bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha em grupos de manifestantes radicais que realizam a formação de três fogueiras com lixo na avenida Presidente Vargas, uma das principais do centro da cidade.

A região da prefeitura tem forte presença da polícia. Todas as ruas de acesso foram fechadas por policias da Tropa de Choque mais cedo.

Manifestantes arrancaram tapumes que protegiam prédios nos arredores da prefeitura e usam a madeira como escudo de proteção para se aproximarem.

Especialistas da Coppe (Coordenação de Programas de Pós Graduação da Universidade Federal do Rio de Janeiro) estimam em 300 mil o número de manifestantes que se concentram em frente à prefeitura.

A informação foi divulgada no Twitter da Polícia Militar do Rio, que afirmou também ainda não ter concluído sua avaliação.

As empresas ao redor da Prefeitura do Rio, como Petrobras e Correios, liberaram os seus funcionários mais cedo. As agências de bancos da região (duas agências do Itaú, uma da Caixa, uma do BB e uma do Bradesco) estão fechadas para o público, protegidas também com tapumes.

O mesmo ocorre na estação de metrô Cidade Nova. O comércio no local também está fechado.

Uma grande parte dos manifestantes que seguia em direção à prefeitura desistiu depois de saber que o local tem forte tensão.

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