O policial militar Walter Aparecido Zanon, de 36 anos, foi assassinado com três tiros quando andava de bicicleta na rodovia PR-323, divisa entre Maringá e Paiçandu, na noite da última segunda-feira. O crime revoltou os policiais e o comando da PM garantiu que identificará em breve aos assassinos. A assessoria de Comunicação da PM informa que há duas linhas de investigações em andamento, mas conta com a ajuda da população para passar informações anonimamente por meio do telefone 181. A morte de Zanon é o 11° homicídio em menos de dois meses na cidade.
Zanon ganhou vários campeonatos de tiro na PM e era do tipo que só atirava em ação para matar. Ele voltaria ao trabalho ontem após férias e licença de saúde. O policial foi sepultado no final da tarde de ontem, no Cemitério Municipal de Paiçandu, onde residia. Deixa esposa e dois filhos menores.
Enquanto o efetivo da PM se dividia entre homenagens, preparativos do enterro e investigações do crime, um grupo formado por representantes das polícias Civil e Militar, prefeitura e outros setores da comunidade se reuniram no 4.° Batalhão de Polícia Militar para debater estratégias de combate à criminalidade em Maringá. "Estamos verificando a área de atuação de cada órgão antes de desencadear uma operação integrada", anuncia o delegado Emerson Fortunato.
A intenção é evitar que o crime organizado se estabeleça na cidade. Com isso, os focos serão hotéis de grande circulação, bares, vendedores ambulantes, praças, entre outros ambientes que possam abrigar pessoas ligadas ao tráfico de drogas, prostituição, sonegação, entre outras situações ilegais. "Sentimos a necessidade de termos outros setores ajudando", conceituou o capitão da PM, Ademar Paschoal.
O encontro de ontem foi o terceiro do ano e a primeira ação deve acontecer no Carnaval. Assim como em dezembro, quando uma operação reuniu próximo de 50 pessoas entre policiais, fiscais da prefeitura e agentes da Receita Federal, resultando na prisão de cinco pessoas e apreensão de produtos em hotéis no Centro da cidade. O objetivo da nova mobilização é evitar que os criminosos retomem suas atividades e que os estabelecimentos de base dos crimes continuem funcionando normalmente após as operações.
Outras medidas a serem tomadas são o policiamento e investigação em conjunto entre policiais militares e civis que passarão a trabalhar juntos para acelerar a troca de informações e o investimento de R$ 50 mil do Conselho Municipal de Segurança (Conseg) na construção de um canil, compra e treinamento de cães para ajudar no policiamento da PM.
