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Norte Pioneiro

PM morre baleado ao cumprir ordem judicial em Jacarezinho

Ourinhos (SP) - Policiais militares do Paraná e do estado de São Paulo participaram ontem das homenagens que encerraram o enterro no Cemitério Municipal de Ourinhos (SP) do corpo do soldado César Mendes Rodrigues, de 39 anos, morto no fim da tarde de terça-feira, 14, ao cumprir uma ordem judicial, em Jacarezinho, no Norte Pioneiro. Rodrigues e outros quatro policiais civis e militares davam cobertura para a ex-mulher do funcionário público Silas Rosa dos Santos, 49, retirar objetos pessoais e alguns eletrodomésticos na casa dele, na Vila Alves, periferia da cidade.

Segundo o comandante do 2º Batalhão da PM de Jacarezinho, tenente-coronel Airton Sérgio Diniz, o funcionário público não concordou com a retirada dos objetos e tentou impedir a ação com uma espingarda calibre 32. "Os policiais ordenaram que ele soltasse a arma", conta. "Quando ele levantou a espingarda um dos policiais atirou em sua perna. Mesmo caído o homem atirou contra o soldado César."

A bala atingiu a junção das placas do colete à prova de balas que o soldado usava, na altura do tórax. O soldado ainda foi socorrido com vida, mas morreu poucos minutos depois de dar entrado na Santa Casa de Misericórdia. Após o disparo, os policiais reagiram e acertaram três outros tiros em Silas dos Santos, dois deles no peito e um na boca.

O funcionário público também foi socorrido e levado para o mesmo hospital onde permanece internado. De acordo com os médicos, Santos não corre risco de morte. Ele está em um quarto da casa de saúde, algemado à cama e com escolta policial. Assim que tiver alta ele será encaminhado à 12ª Subdivisão Policial de Jacarezinho, onde continuará preso.

Conforme informou a Polícia Civil, Santos tem antecedentes criminais. Há 10 anos ele matou o próprio filho de 15 anos a facadas.

Segundo o comandante, todos os praças e oficiais do 2º Batalhão treinam duas vezes por mês táticas de abordagem. Além disso, os policiais recebem instruções antes de iniciar operações por mais simples que elas sejam. "Ele estava preparado e bem treinado para aquela ação", garante o tenente-coronel. "O que aconteceu foi uma fatalidade: a bala acertou justamente o único espaço que não poderia em um colete à prova de balas."

César Rodrigues ingressou na PM em 1995, logo após concluir o curso de soldados. Deixa viúva e um filho de 15 anos.

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