Secretário culpa usuários de drogas
Rio de Janeiro - O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, culpou os usuários de droga pela violência levada pelo tráfico às favelas da cidade do Rio. "Onde existir usuário, vai existir tráfico", disse. "O usuário de drogas dentro dessa cadeia tem uma participação importante, assim como o produtor, fornecedor, transportador e vendedor de drogas. Essas pessoas (traficantes) brigam por dinheiro e de onde sai o dinheiro? De quem consome naquelas áreas e paga muito bem", disse o secretário sobre o consumo de drogas em regiões como a zona sul, área nobre da cidade.
Beltrame defende mudanças na legislação. Atualmente, o artigo 28 da Lei 11.343, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre drogas, prevê penas alternativas para os usuários, como prestação de serviços, advertências e medidas educativas. "Essa discussão da legislação tem de tomar uma visão nacional e, por que não, internacional, o que poderia significar liberar ou diminuir a pena do consumidor."
Folhapress
Rio de Janeiro - Cerca de 120 homens de ao menos dez batalhões da Polícia Militar do Rio de Janeiro ocuparão por tempo indeterminado a região da favela da Ladeira dos Tabajaras, na zona sul da cidade. A PM realiza buscas na comunidade desde sábado, quando traficantes da Rocinha, também na região sul, se refugiaram na mata na região após um confronto com rivais. Desde o início da ocupação, cinco pessoas já foram mortas e 18 suspeitos de tráfico foram presos sete deles foram feridos em tiroteios e estão internados.
Para o secretário da Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, os chefes do tráfico na Rocinha invadiram a ladeira porque querem "expandir seus negócios." Dos presos, segundo secretaria, 12 foram identificados dois deles estão entre os feridos. Além dos presos, um arsenal foi apreendido desde o início da operação. Parte dele estava em um acampamento na mata ao redor da comunidade.
Foram apreendidas sete pistolas, nove granadas duas de fabricação caseira , dois fuzis, uma carabina, três espingardas, um lançador de granadas, seis carregadores de pistolas, dois carregadores de carabina e 13 de fuzil; além de munições para todas as armas. Também foram localizados dois rádiotransmissores e um colete à prova de balas. "A polícia está tirando o arsenal de guerra das mãos de irresponsáveis. Isso é o maior problema (armas de guerra). Onde tem arma de guerra, tem um perigo em potencial", disse Beltrame.
Tiroteios
Ontem o clima estava menos tenso nos arredores da Ladeira dos Tabajaras. Na segunda-feira, a busca da polícia pelos traficantes em fuga na favela levou pânico aos moradores de quatro bairros da zona sul da cidade: Botafogo, Humaitá, Lagoa Rodrigo de Freitas e Copacabana.
Beltrame disse que as polícias darão uma resposta para a ação dos criminosos. "Não posso trabalhar com o que poderia acontecer. Por mais santos que sejam o secretário e os líderes das forças de segurança pública, num fato como aconteceu [na segunda], onde as pessoas vão tomar aquilo para si, precisa ser dada uma resposta. Não vamos permitir a tomada de território na cidade, isso é inegociável", afirmou o secretário.
Origem
Os confrontos na Ladeira dos Tabajaras começaram quando o traficante Francisco Rafael Dias da Silva, o Mexicano, ex-chefe do tráfico do morro Dona Marta, em Botafogo (zona sul), foi solto pela polícia e se abrigou na comunidade, expulsando um grupo de traficantes do local que teria retornado com traficantes da Rocinha para retomar os pontos de venda de drogas.
De acordo com a polícia, a Ladeira dos Tabajaras é estratégica para os traficantes devido a sua localização na zona sul da cidade. Na favela, estariam escondidos fuzis dos criminosos foragidos do morro Dona Marta, ocupado pela PM desde novembro.
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