Pelo menos 17 pessoas foram detidas em uma abordagem da Polícia Militar (PM) no Parolin na manhã desta quinta-feira (5). Todos, segundo a polícia, estariam envolvidos com ações da gangue que ficou conhecida como a “Gangue da Marcha à Ré”. No último mês, foram pelo menos quatro ataques a lojas registrados em Curitiba.
A reportagem da Tribuna do Paraná apurou que os policiais da Unidade Paraná Seguro (UPS) do Parolin receberam informações de que ocupantes de um Clio preto faziam o transbordo de objetos em uma casa. “Abordamos o rapaz e encontramos todos os outros indivíduos com objetos de furto qualificado. Com eles, foram encontradas aproximadamente 700 peças de roupas”, disse o tenente Heryk Neves, do 12º Batalhão da PM.
Dos detidos, seis são adolescentes. Uma mulher também foi presa. Os outros 10 presos seriam homens com idades entre 18 e 25 anos. Conforme informou o tenente, todos os envolvidos teriam algum tipo de ligação com a gangue da marcha à ré. “Ainda não sabemos quem seria o líder dessa quadrilha. Cabe salientar que alguns estão envolvidos no furto qualificado, outros na receptação, cada um teria uma função”, explicou.
Todos os detidos foram encaminhados para a Delegacia de Furtos e Roubos (DFR). Já os adolescentes foram apreendidos e levados à Delegacia do Adolescente (DA).
A quantidade de roupas apreendidas na abordagem mostra que os ataques da quadrilha eram, praticamente, rotina. “Foram muitos ataques em Curitiba. Tantos que os lojistas buscavam resposta das polícias militar e civil. Se a situação não acabar, pelo menos vai diminuir, é o que esperamos”.
As investigações sobre o esquema ficam sob responsabilidade da DFR. Os policiais pedem que lojistas que tenham sido vítimas de ações da marcha à ré não tenham medo em ir até a delegacia para identificar as peças furtadas. O veiculo que originou a abordagem, segundo a PM, foi roubado nesta quarta-feira (4), no bairro Água Verde.
Marcha à ré
O último alvo da gangue foi na madrugada da segunda-feira (25) da semana passada. O alvo foi a loja Magazine Luiza, na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no Hauer. A ação, como sempre, durou poucos minutos, mas tempo suficiente para que os bandidos fizessem a limpa no local.
Essa não foi a primeira vez que a mesma loja é alvo dos bandidos da marcha à ré. Na semana santa, os bandidos invadiram o local e, da mesma forma, fugiram com muita coisa do estabelecimento. “É muito triste você chegar para trabalhar e estar tudo destruído. As coisas já não estão fáceis e ainda acontece isso”, desabafou uma funcionária que não se identificou.
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