Operação da Polícia Militar realizada na manhã de hoje resultou na prisão de seis suspeitos de integrarem uma facção criminosa em Campinas (a 93 km de SP).Um deles tinha uma lista com os nomes escritos dos 12 mortos na maior chacina da história da cidade.
De acordo com a PM, os suspeitos são do comando do PCC (Primeiro Comando da Capital).
Cinco mandados de prisão foram expedidos atendendo a solicitações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do Ministério Público de São Paulo, que investiga a facção na cidade.
Um dos suspeitos continua foragido, e outros dois que não tinham mandado foram presos durante a operação: um que já tinha prisão decretada e outro por porte ilegal de arma.
Com os detidos foram encontrados um revólver calibre 38 e pequenas quantidades de cocaína e crack, segundo balanço preliminar da PM. Uma BMW e um Passat foram apreendidos.
PM
O segundo suspeito de ter participado da morte do policial militar Arides Luiz dos Santos, 44, em Campinas, foi detido na Bahia pela Corregedoria da PM, segundo dois oficiais da corporação ouvidos pela reportagem. O assassinato de Santos pode ter motivado a maior chacina da história da cidade.
Menor de idade, o rapaz foi apreendido na casa de familiares, assim como ocorreu com o outro suspeito, Gullit Fernandes de Oliveira, 22, preso pela Polícia Civil na noite da última quinta-feira em Espinosa, na divisa de Minas com a Bahia.
O menor apreendido deverá ser apresentado na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Campinas na tarde de hoje. Procurada, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) não confirmou a detenção do segundo suspeito.O PM Santos morreu durante um latrocínio registrado no dia 12 à tarde, na região do Ouro Verde, periferia de Campinas. Dois rapazes tentaram assaltar o posto de gasolina em que o PM, que estava em horário de folga, parou para abastecer.
Ao perceber o assalto, Santos tentou desarmar um dos assaltantes e foi baleado.Horas depois da morte do policial, um série de ataques entre a noite de domingo e a madrugada de segunda causou a morte de 12 pessoas em bairros da região.Os homicídios tiveram características semelhantes: os atiradores passavam de carro e atingiam as vítimas com vários tiros de pistola.
A Polícia Civil investiga a hipótese de que colegas do PM tenham vingado sua morte. Parentes e vizinhos das vítimas apontam policiais militares como os responsáveis pelas chacinas.