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O soldado Handerson Lents Henriques da Silva, de 27 anos, se entregou nesta sexta-feira (30) à Polícia Civil do Rio. Ele teve a prisão temporária por 15 dias decretada ontem sob acusação de ter participado do assassinato da juíza Patrícia Acioli, em 11 de agosto. Silva prestou depoimento na Divisão de Homicídios e foi encaminhado ao Batalhão Especial Prisional (BEP).

Segundo o defensor público Leonardo Melo da Cunha, em janeiro Silva esteve na casa da juíza para atender uma ocorrência. Patrícia havia brigado com o namorado, um PM do 7º Batalhão (São Gonçalo). No início de julho, segundo o defensor, um policial do mesmo Batalhão pediu ajuda a Silva. Esse PM apresentou Silva a outros policiais e disse que o grupo estava investigando a conduta do namorado de Patrícia. Por isso, precisava saber o endereço da juíza. Silva levou os colegas até a rua e mostrou a casa dela. Segundo o defensor, Silva não teve mais contato com o grupo, que matou a juíza.

"A prisão do meu cliente não é necessária. Ele se apresentou voluntariamente, explicou sua participação, é policial há cinco anos e sempre teve conduta exemplar", disse Cunha. "A participação dele não foi essencial ao crime." Mas o defensor não tomou medida contra a prisão de seu cliente. A partir de segunda-feira, por questão administrativa, outro defensor vai assumir o caso.

Hoje, o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), elogiou a conduta do ex-comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, que pediu exoneração após a prisão de um comandante de batalhão acusado de matar a juíza. "Agradeço em público o coronel pela maneira digna como ele saiu, assumindo a responsabilidade pela indicação do tenente-coronel. A conduta do Mário Sérgio é um paradigma na segurança pública. Ele errou na escolha de um comandante de batalhão e assumiu o erro, isso eleva seu caráter ainda mais", afirmou. Cabral negou que a segurança pública enfrente uma crise. "Pelo contrário, os índices estão caindo, esse é o melhor momento do Rio desde a fusão (com o Estado da Guanabara)", afirmou.

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